Arte e ciência: contribuições de um ensino para a criatividade na formação de professores de Química e Artes Visuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Leite, Mônica Regina Vieira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257243
http://lattes.cnpq.br/2703601058109307
https://orcid.org/0000-0003-3177-0123
Resumo: A fragmentação crescente das áreas do conhecimento e a necessidade de abordagens críticas, criativas e reflexivas no Ensino de Ciências e na formação de professores destacam a importância da interdisciplinaridade. Arte e Ciência são intrínsecas a todas as culturas, desenvolvendo-se pela imaginação, criatividade e o complexo cérebro humano. Apesar das diferenças, são complementares. Portanto, o presente estudo parte da seguinte questão de pesquisa: quais os desafios e potencialidades de um minicurso pautado no ensino para a criatividade, a partir da relação entre Artes Visuais e Química, no que se refere à formação de professores? Para isso, o objetivo geral do estudo é investigar as contribuições que o contexto interdisciplinar pode proporcionar à formação inicial de professores de Química e Artes Visuais, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento da criatividade. Já os objetivos específicos visam superar algumas visões alternativas sobre o campo do conhecimento das Artes Visuais e das Ciências da Natureza, além de possibilitar que alunos de diferentes cursos experienciem a interdisciplinaridade em suas formações. Para isso, essa pesquisa desenvolveu um minicurso com 28 alunos dos cursos de Licenciatura em Química e em Artes Visuais de uma Universidade pública do estado de São Paulo. O mesmo foi desenvolvido de forma remota, durante o período da pandemia, e teve uma carga horária total de 14 horas, distribuída em seis encontros. A proposta do minicurso foi, entre outros aspectos, que os alunos, em grupos mistos, criassem uma obra que abordasse de maneira visual e artística uma temática da Química, de maneira que a interpretação do produto abrangesse não só perspectivas da Ciência, mas também da Arte e da Filosofia. Os dados foram coletados por meio das gravações dos encontros, questionário, autoavaliação, notas de campo e das atividades apresentadas ao final do minicurso. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin e da análise descritiva interpretativa. Os resultados apontam para diversas contribuições e potencialidades dessa abordagem, que inclui desde o aprimoramento de concepções e novas perspectivas, ampliar as reflexões e possibilidades de ensino, a possibilidade de experienciar a interdisciplinaridade e o trabalho coletivo, até melhor desenvolver a criatividade. A partir dessa pesquisa, é possível afirmar que a interdisciplinaridade, Arte e Ciência, somada a uma proposta de ensino para a criatividade são capazes de aprimorar o Ensino, principalmente no que se refere à formação de professores, uma vez que os estudantes são desafiados a fazer conexões de saberes, promovendo um pensamento complexo e mais humano, a encontrar equilíbrio com o conhecimento de outra área, superando certas visões alternativas sobre a mesma, a se colocarem numa posição ativa de construção do conhecimento e de criar e materializar uma ideia em conjunto.