Bioimpedância na gravidez: resistência e reactância de gestantes com pré-eclampsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Elaine Gomes da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/108376
Resumo: O organismo materno sofre intensas adaptações para o desenvolvimento adequado do feto. Entretanto, essas adaptações podem ocorrer de forma inadequada e predispor ao desenvolvimento de patologias na gravidez. Dentre estas destaca-se a pré-eclâmpsia, decorrente da má-adaptação circulatória, na qual observa-se expansão volumétrica inadequada. A água corporal total (ACT) está estritamente relacionada com o volume plasmático e a bioimpedância (BIA), como técnica indireta de avaliação das medidas de água corporal, pode ser utilizada para avaliar a variação gravídica do mesmo. A BIA fornece diretamente valores de resistência e reactância que avaliam indiretamente a composição dos compartimentos corporais. Esta avaliação pode ser método eficaz na determinação do grau de comprometimento do organismo materno pelo processo da pré-eclâmpsia, visto que a avaliação dos níveis de ACT durante a gravidez pode fornecer informações sobre a qualidade dessa adaptação. O presente estudo foi proposto com o objetivo de analisar os parâmetros diretos (resistência e reactância) e indiretos (água corporal total, intra e extracelular) da BIA, em gestantes portadoras de pré-eclâmpsia, comparando-os com os resultados obtidos em pacientes normais. Os dados foram ajustados para as covariáveis idade gestacional, idade materna e índice de massa corporal prégestacional. Foram analisadas as covariancias (ANCOVA) e aplicado o teste de Tuckey e para as variáveis independentes sem influencia das covariaveis foi aplicado o teste T. O valor de significância adotado foi de 5%. Avaliou-se 51 gestantes controle (grupo C) e 65 gestantes com pre-eclâmpsia (grupo PE) do HC-FMB- UNESP. O grupo PE apresentou menores valores de R (448Ω v 542 Ω ), Rc (40Ω v 53 Ω) e AIC (49,45% v 51%) quando comparados com o grupo C. O grupo PE apresentou maiores valores de ACT (49% v 47%) , ACTcor (41,6% v 34%), AEC (50% v 47%). Conclui-se que existem diferenças entre os grupos tanto para os parâmetros diretos, como para os indiretos. Embora os segundos sejam melhores para ilustrarem os processos fisio-patológicos, auxiliando na compreensão dos mecanismos envolvidos na pré-eclâmpsia, os primeiros, de mais fácil obtenção, foram suficientes e podem ser úteis na atenção a mulheres com alto risco de pré-eclâmpsia.