Avaliação do fator de início de tradução de eucariotos 5A (eIF5A) na tradução das proteínas S6Ks

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Meneguello, Letícia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150664
Resumo: O fator de início de tradução de eucariotos 5A (eIF5A) caracteriza-se por ser a única proteína conhecida que apresenta o aminoácido hipusina, formado a partir de uma modificação pós-traducional chamada hipusinação. Apesar de originalmente eIF5A ter sido denominado como fator de início de tradução, a função de eIF5A têm sido relacionada principalmente com a etapa de elongação da tradução. Desde 2013, trabalhos importantes apresentaram evidências de que eIF5A hipusinado possui um papel fundamental na tradução de mRNAs específicos de proteínas que contém consecutivos resíduos de aminoácidos prolina (PPP ou PPG). Tendo em vista estas informações, o objetivo principal deste trabalho consiste no estudo da dependência de eIF5A na tradução da proteína ribosomal S6 kinase 2 (S6K2), pois a mesma apresenta em sua extremidade C-terminal uma região contendo cinco resíduos consecutivos de prolinas. Neste contexto, por meio da produção de uma proteína mutante (S6K2∆Pro), substituindo a região de poli-prolina de S6K2 pela sequência correspondente da proteína homóloga ribosomal S6 kinase 1 (S6K1), foram avaliadas a produção e habilidade fosforilativa da proteína mutante em comparação com S6K2 selvagem. Observou-se que S6K2ΔPro é produzida e sua superexpressão aumenta o conteúdo da proteína ribossomal S6 fosforilada, principal alvo de fosforilação das proteínas S6Ks, assim como a superexpressão das proteínas S6K1 e S6K2. Análises de silenciamento gênico em células HeLa, utilizando moléculas de siRNA para eIF5A, mostraram que a proteína S6K2 endógena não tem seu conteúdo alterado em função da depleção do conteúdo de eIF5A nas condições avaliadas. Além disso, regulando a expressão gênica de TIF51A (homológo do gene EIF5A humano) em Saccharomyces cerevisiae foi observado que a tradução de S6K2 foi apenas levemente afetada pela redução do conteúdo de eIF5A quando comparado à proteína LDB17, uma proteína com conhecida dependência de eIF5A para sua tradução. Ademais, ensaios de imunoprecipitação de S6K2 e S6K2ΔPro seguido de identificação dos peptídeos por espectrômetria de massas mostraram que a região de poli-prolina influencia as interações proteína-proteina de S6K2, visto que, com a mudança da sequência dessa região, observou-se uma interferência no perfil de proteínas associadas, com destaque para as proteínas com atividade transportadora. Dentre as proteínas identificadas, os resultados indicam que a interação de S6K2 com o fator de elongação 2 (eEF2) é influenciada pela região de prolinas presentes no C-terminal de S6K2.