Efluente de estação de tratamento de esgoto aplicado em solo com Brachiaria colhida com duas alturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dantas, Geffson de Figueiredo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182039
Resumo: Em manejo de pastejo intensivo de forragens tropicas dispendem-se níveis de trabalho e recursos elevados para se aumentar a produtividade por área e ou por animal. Dentre as estratégias de manejo, destaca-se a frequência de corte por altura do dossel, que estimula maior produção de folhas do que colmo e material morto para obtenção de maior produtividade e valor nutritivo da forragem. Outra estratégia é a adubação nitrogenada, que possibilita o crescimento vegetal mais rápido, além de forragem de melhor qualidade. As águas residuárias são promissoras para uso em pastagens, na forma de fertirrigação, pois pode suprir as necessidades hídrica e nutricional do cultivo em parte ou na sua totalidade. Devido às limitações climáticas ao longo do ano, a efetividade dessas estratégias pode ser comprometida, o que resulta a sazonalidade de produção. Há carência de estudos sobre a interação das estratégias de manejo de fertirrigação com água residuária e de colheita da forragem com diferentes alturas de corte para as forrageiras tropicais. Os objetivos deste trabalho foi determinar a produtividade e o valor nutritivo da forragem, e as características morfogênicas e estruturais de Urochloa brizantha, em função da fertirrigação com efluente de estação de tratamento de esgoto (EETE), complementada com ureia (U), associada à colheita com duas alturas de plantas, durante os períodos seco (PS) e chuvoso (PC). O experimento foi conduzido em Jaboticabal, SP (Latitude 21º15'S, Longitude 48º18'W), de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2017. As estratégias de manejo por alturas de corte da forragem foram 30 cm (A1) e 40 cm (A2), e as doses de adubação nitrogenada foram 9,1 (D1), 12,1 (D2), 22,5 (D3), 26,6 (D4) e 34,0 (D5) kg de N por Mg-1 de matéria seca (MS) produzida, aplicadas por EETE via aspersão, mais 7,5 kg de N por Mg-1 de MS produzida, aplicada na forma de ureia por cobertura em todos os tratamentos. A Urochloa brizantha mostrou-se baixa eficiência produtiva em função da adição da adubação nitrogenada no PS, em relação ao PC. No PC a produtividade foi maior na estratégia D5A2, enquanto que no PS as estratégias D5A1 e D5A2 não diferenciaram e foram superiores à demais. Maiores teores de proteína bruta (PB) e menor de fibra em detergente neutro (FDN) foram observados nas estratégias D5A1, enquanto a estratégia D1A2, proporcionou maior valor de FDN e menor PB. As análises de fatores para os períodos seco e chuvoso identificaram dois processos que correspondem ao crescimento de massa da forragem (taxas de alongamento foliar e de pseudocolmo, e de senescência foliar, comprimentos foliar e de pseudocolmo, e número de folhas mortas) e o desenvolvimento foliar (taxa de aparecimento foliar, número de folhas vivas, filocrono e duração de vida foliar). A análise de variância mostrou que as estratégias D5A2 e D5A1 apresentaram respostas superiores às demais estratégias de manejo, tanto nos períodos seco quanto chuvoso. A estratégia de manejo D5A2 destacou-se no processo de crescimento de massa da forragem, enquanto o D5A1 no desenvolvimento foliar.