A autonomia de interesses e os interesses da autonomia: a indústria de defesa brasileira nos governos petistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Jorge Matheus Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181026
Resumo: Procuramos compreender o processo de constituição do binômio Desenvolvimento e Defesa no Brasil, questionando a centralidade adquirida pela indústria de defesa (ID) nesta construção. Embora reconhecendo que a associação entre estratégia de desenvolvimento e política de defesa não seja necessariamente inédita no Brasil, defendemos que nos moldes aqui observados, trata-se de fenômeno fruto de uma correlação específica de forças estabelecida nos governos petistas. Apresentamos três fatores a ser considerados em nossa análise. Primeiro, o respaldo fornecido por uma política econômica desenvolvimentista, com maior atuação do Estado no mercado que beneficiou a indústria de defesa. Segundo, a orientação da ID por uma política externa que almejava maior autonomia internacional lastreada em capacidade dissuasória. Por fim, tratamos da legitimidade da ID. A convergência dos interesses dos diferentes atores sociais envolvidos na política industrial de defesa brasileira justificava os vultuosos investimentos demandados. A convergência dos três fatores dava as bases para a conformação do binômio Desenvolvimento e Defesa em torno da ID.