Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ricci, Paulo Sérgio Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237128
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Resumo: |
A presente pesquisa refere-se a análise da relação entre a crise da autoridade imaginária paterna, instaurada pelo advento da Modernidade, e a emergência da Psicanálise enquanto prática clínica e conhecimento científico. As transformações sociais manifestas pela Modernidade deslocaram a posição de autoridade imaginária social implicando em uma crise psíquica, considerada como o elemento que possibilitou a elaboração da Psicanálise freudiana. O novo contrato social fundado a partir da Revolução Francesa marcou a ascensão de um novo sujeito, que passou a representar e questionar o sofrimento. A atividade clínica freudiana é considerada como construção emergente da escuta de modalidades de sofrer que autoriza o fazer-se autoridade de si por meio da livre expressão fundamentada. A queda do Império Austro-Húngaro é reconhecida como a condição material para a construção da Psicanálise por Sigmund Freud (1856-1939) e em Viena. A atividade psicanalítica é considerada como atravessada pela ambiguidade que marca a contradição social presente na passagem do século XIX para o século XX. Nesse sentido existe uma relação entre as características sociais e o interesse freudiano, e do primeiro grupo de psicanalistas, em relação a intervenção e análise do sofrimento psíquico. Nessa contradição, a expressão do poder patriarcal se faz presente na clínica e escrita freudianas, apresentando um caráter tanto de resistência quanto de subversão as formas de relação postas no campo social. Na direção de análise dos fundamentos da produção psicanalítica são analisadas as atas da sociedade das quartas-feiras, primeira organização que debateu coletivamente temas afetos a compreensão do adoecimento psíquico, bem como relacionados a existência humana e expressões de sua atividade. A autoridade foi assim tomada como questão presente nesse primeiro círculo de discussão e estruturação da Psicanálise por pares. Ademais, como conceito, a autoridade é considerada como um elemento tomado pelo sujeito como referência em sua estruturação subjetiva e que, na dependência de sua expressão, pode ser determinante para a saúde ou aumento do sofrimento psicológico. Na direção da urgência e contribuição da escuta analítica, tanto clínica como ciência, propõem uma dissolução da autoridade imaginária paterna, para a construção da autoridade de si, por meio da livre expressão fundamentada, marca da técnica freudiana. Tal processo carrega a potência do instrumental analítico para processos de emancipação subjetiva e social. |