A produção histórica da criança/infância, sua apropriação pelos discursos médico, pedagógico e psicológico e o devircriança que escapa aos efeitos desses enunciados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rodrigues, Rafael de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97554
Resumo: O presente trabalho, utilizando-se de uma estratégia de pensamento imerso na história, apontará algumas linhas de construção, manutenção e sustentação forjadas no interior dos enunciados científicos, pedagógicos, psicológicos e médicos, que criaram ao redor do conceito de criança/infância, e de como a apropriação do corpo destas por esses mesmos enunciados barram-nas em algumas experimentações de vida. De acordo com os autores Gilles Deleuze e Félix Guattari, atribuiremos a essa experimentação como uma transversalidade dos devirescriança, arrastando-as para um território imprevisível e impensado pelos adultos. Examinaremos, através dos mecanismos e tecnologias disciplinares em uso desde a Idade Moderna, de acordo com Michel Foucault, como o corpo das crianças/infância, bem como processos de subjetivação ligados a ela são moldados por esses mecanismos, acarretando um disciplinamento e formatação do que seriam os processos de construção da vida. Para a realização desta pesquisa, fez-se necessário esquematizar e problematizar como a inscrição do conceito de criança/infância ao longo dos séculos tornou possível certo governo destas nos mais distintos extratos históricos. Olhar as crianças/infância, esquadrinhá-las, transformálas em corpos/objeto de conhecimento e tutela, disciplinarização de seus gestos e processos de subjetivação, tentativa de barragem no acesso aos seus devires e, por último, análise das práticas contemporâneas de trato com elas, são algumas linhas puxadas pelo pesquisador no percurso desses territórios (que chamaremos mapaspaisagens), evidenciando a existência daquilo que modernamente reconhece-se por criança/infância