Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Isabela Malaquias Dalto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234690
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Resumo: |
O uso de gesso agrícola em sistemas conservacionistas de produção como os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPAs), ainda gera dúvidas em relação a metodologia a ser utilizada. O presente trabalho teve por objetivo avaliar qual dentre as cinco metodologias de recomendação de uso de gesso agrícola em diferentes sistemas sustentáveis de produção agropecuária é o mais eficiente em relação a movimentação do gesso no perfil do solo e correlacionar com a produtividade agrícola de um solo arenoso. Foram utilizadas as metodologias de Sousa, Lobato e Rein (2005), Vitti et al. (2008), Demattê (1986), Raij et al. (1996) e Caires e Guimarães (2016), em três sistemas sustentáveis de produção agropecuária: sistema de semeadura direta (SSD), sistema agropastoril (SAP) e pastagem convencional (PAST). Foram realizadas avaliações dos atributos químicos nas camadas de 0-0,20 e 0,20-0,40m, em outubro no ano de 2017 e abril de 2018, 2019 e 2020, e dos atributos físicos nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,20 e 0,20-0,40m em outubro de 2017 e abril de 2020, e avaliações das características agronômicas da cultura do milho e da soja, bem como da produtividade de matéria seca da pastagem e da crotalária. As metodologias de Raij et al. (1996), Sousa, Lobato e Rein (2005) e de Caires e Guimarães (2016) foram utilizadas em um projeto paralelo. Para tal, em abril de 2020 foram coletadas amostras de solo na camada de 0-0,10m, nos três sistemas sustentáveis de produção agropecuária, e realizou- se as seguintes avaliações: superfície especifica (SE), granulometria a laser (GL), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e análise elementar. Buscou-se com essa pesquisa atribuir qual das metodologias de recomendação de uso de gesso agrícola é a mais adequada para os sistemas de produção estudados e avaliar qual dentre as metodologias proporciona melhores condições para a textura do solo arenoso na região do Cerrado. Em sistema de semeadura direta (SSD), pelo uso intensivo do solo arenoso e alta exportação de nutrientes, visando a melhoria da fertilidade e agregação do solo, recomenda-se a gessagem com base nas metodologias de Caires e Guimarães (2016) ou de Raij et al. (1996), entretanto, com variabilidade das metodologias quanto à correlação com a produtividade das culturas em rotação. No sistema agropastorial (SAP), pelo maior tempo de pastagem no sistema, não houve uma metodologia que se destacasse quanto a melhoria da fertilidade do solo, contudo na agregação houve destaque para a metodologia de Raij et al. (1996). Entretanto, independentemente da metodologia, a aplicação de gesso foi superior ao controle sem gessagem, na melhoria física e química do solo. Apenas a metodologia de Vitti et al. (2008), destacou-se para incremento da produção de matéria seca do capim Marandu e da soja em sucessão. Em área de pastagem intensiva (PAST), mas em solo arenoso, destacou-se a metodologia de Raij et al. (1996) na recomendação de gessagem anual, visando a melhoria e/ou manutenção da fertilidade do solo. Entretanto, na produtividade de matéria seca do capim Marandu, a metodologia de melhor correlação foi a de Souza, Lobato e Rein (2005). Pelo uso da análise multivariada, em SSD, as metodologias de cálculo da necessidade de gessagem de Caires e Guimarães (2016) ou de Raij et al. (1996) melhor se correlacionaram com a V% (atributo de melhor correlação da fertilidade do solo). Para o sistema agropastoril (SAP), na análise multivariada, as metodologias de cálculo da necessidade de gessagem que melhor se correlacionaram com redução da acidez e aumento do pH do solo foram as de Souza, Lobato e Rein (2005) e de Raij et al. (1996). Numa pastagem de capim Marandu em solo arenoso, pela análise multivariada, a metodologia de cálculo da necessidade de gessagem de Raij et al. (1996) apresentou maior correlação com a V%. Nas análises das características do solo em diferentes sistemas de produção depois do uso do gesso agrícola, não houve efeito da gessagem para C, N e relação C/N, e nem para a granulometria do solo. Entretanto, para incremento dos teores de C e N destaca-se o sistema de semeadura direta (SSD), e para melhoria de agregação, a pastagem perene (PAST). |