Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pereira Junior, Sérgio Antonio Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181345
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Resumo: |
O objetivo neste estudo foi avaliar a substituição parcial ou total do milho triturado por melaço de soja sobre desempenho, características de carcaça e qualidade de carne em cordeiros cruzados, assim como parâmetros ruminais, degradabilidade in situ, produção de gás e digestibilidade in vitro de carneiros cruzados. Os tratamentos consistiram em crescentes inclusões de melaço de soja na base seca da dieta (CON – 0 g/kg de melaço de soja na base seca; M150 – 150 g/kg de melaço de soja na base seca e M300 – 300 g/kg de melaço de soja na base seca). No M300 a substituição do milho triturado foi total. A dieta era composta por 400 g/kg na base seca de silagem de milho e 600 g/kg na base seca de concentrado. Para o ensaio de desempenho, foram utilizados 30 cordeiros cruzados Santa Inês × Dorper (16,8 ± 2,2 kg, três meses de idade) distribuídos em delineamento de blocos casualizados de acordo com peso corporal inicial. Durante os 70 dias de confinamento foram avaliados os consumos de MS e de nutrientes, bem como o GMD, EA além dos parâmetros de carcaça e qualidade de carne. A inclusão do melaço de soja na dieta dos cordeiros evidenciou efeito quadrático, com maiores valores médios para o M150, no CMS (P < 0,01), CMO (P = 0,02), CFDN (P = 0,01), CPB (P < 0,01) e CEE (P < 0,01). Enquanto sobre a EA houve redução linear (P < 0,01). A adição do subproduto melhorou a qualidade da carne dos cordeiros, reduzindo linearmente a força de cisalhamento (P = 0,02) e aumentando a gordura intramuscular (P < 0,01) do músculo Longissimus thoracis. Consequentemente, o perfil de ácidos graxos na carne teve o mesmo comportamento da gordura intramuscular, à medida que aumentou a inclusão do melaço de soja na dieta, os ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-insaturados totais foram aumentados linearmente (P < 0,01; P < 0,01 e P = 0,05, respetivamente). No ensaio de metabolismo, foram utilizados nove carneiros dotados de cânulas permanentes no rúmen, distribuídos em quadrado latino 3 × 3 triplo para avaliação dos parâmetros ruminais de pH, AGCC, N-amoniacal, degradabilidade in situ, produção de gás e digestibilidade in vitro. A inclusão do melaço de soja aumentou a digestibilidade in vitro da MS (Linear, P < 0,01) e a sua inclusão em 150 g/kg na base seca otimizou a digestibilidade in vitro da fibra (Quadrático, P < 0,01). O pH aumentou linearmente (P = 0.02) assim como a proporção de ácido butírico (P = 0,05), enquanto a amônia ruminal diminuiu linearmente (P < 0,01). Sobre os parâmetros de degradabilidade, a inclusão crescente do melaço de soja aumentou de forma linear as frações “a + b” da MS e PB (P < 0,01 e P < 0,01, respectivamente), a taxa de degradação da PB (Quadrático, P < 0,01) e DE5% da FDN (Quadrático, P < 0,01). A inclusão do melaço de soja em até 300 g/kg na base seca da dieta embora tenha reduzido a eficiência alimentar dos cordeiros melhorou a qualidade da carne destes animais, proporcionando uma carne mais macia e com maior conteúdo de gordura intramuscular. Já sobre os parâmetros ruminais a inclusão do subproduto não afetou negativamente o metabolismo dos ovinos e, evidenciou melhoras no pH e digestibilidade in vitro, demonstrando ser um alimento energético alternativo na alimentação de ovinos. |