Estudos da interação da proteína adaptadora Grb2 (Growth Factor Receptor-Bound Protein 2) com os flavonoides morina e rutina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Paulo Henrique da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150505
Resumo: A proteína adaptadora Grb2 é uma importante reguladora da proteína quinase FGFR2 antes de estímulos extracelulares e é conhecida por formar complexos protéicos responsáveis por ativar a via de sinalização da MAPK, relacionada com a proliferação celular. Quando Grb2 é fosforilada ela se dissocia de FGFR2. Está por sua vez, adquire a capacidade de recrutar proteínas parceiras do citosol para iniciar vias de sinalização importantes para realização do metabolismo celular. A desfosforilação de Grb2 pela fosfatase Shp2 refaz o complexo FGFR2-Grb2 retomando controle sobre FGFR2. Desta maneira, devido a esta versatilidade em executar funções variadas dentro da célula, Grb2 torna-se um alvo importante para testar sua interação com moléculas conhecidas por apresentar propriedades farmacológicas. Sendo assim, as moléculas Morina (2’,3,4’,5,7-pentahidroxiflavona) e Rutina (Quercetina-3-O-α-L-Rhamnopiranosil-(1→6)-β-D-Glucopiranosídeo), foram escolhidas devido a suas propriedades anti-tumorais conhecidas na literatura e pela ausência de estudos em nível molecular que relacionem as propriedades destas moléculas com as proteínas que atuam nesta via de sinalização. Por conseguinte, utilizou-se espectroscopia de fluorescência em estado estacionário e ressonância magnética nuclear, com o objetivo de caracterizar a interação entre Morina e Rutina com Grb2. Através da determinação do perfil termodinâmico de interação destas moléculas com Grb2, obtidos por fluorescência, pudemos inferir um mecanismo entropicamente dirigido, compatível com interações hidrofóbicas para ambas moléculas, com constantes de associação compreendidos entre 104 e 105 M-1. Corroborando com os resultados, a ressonância magnética nuclear forneceu os epítopos da interação entre estas moléculas com Grb2 e mostrou por experimentos de competição que esta proteína liga-se mais fortemente à Morina que na Rutina. Posteriormente, os epítopos obtidos previamente, foram utilizados como guia para realizar simulações computacionais, como docking molecular, que indicaram que ambas moléculas ligam-se preferencialmente ao domínio SH2 de Grb2. Estes resultados contribuem para criação de uma base de conhecimento sobre o mecanismo de interação de moléculas variadas com proteínas, com o intuito em desenvolver fármacos mais eficientes de combate ao câncer.