A gestão pública do esporte universitário brasileiro: a bola não deve entrar por acaso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbosa, Cláudio Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151837
Resumo: O esporte universitário, bem como a área de gestão esportiva são nichos de altíssimo potencial de crescimento no Brasil. Entretanto, por diversos motivos, possuem pouca expressão e quando se discute suas prioridades no ensino superior público isto se potencializa. Percebe-se que, para um melhor planejamento e execução dos projetos esportivos voltados para o meio universitário é estritamente necessário um diagnóstico de todos os fatores envolvidos na gestão do esporte universitário no Brasil. Neste sentido, esta tese teve como objetivo geral descobrir qual a situação atual do esporte nas Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil e traçar um panorama preciso visando direcionar futuras políticas públicas e ações para o crescimento deste setor. Esta pesquisa, quanti-qualitativa e de caráter descritivo, foi realizada utilizando o método netnográfico. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se o Inventário de Mapeamento da Gestão Pública - Esporte Universitário (IMGP-EU), um questionário misto (perguntas objetivas e subjetivas) e estruturado em seis eixos temáticos criado exclusivamente para esta pesquisa. Foram pesquisadas seis Universidades Públicas Federais, sendo pelo menos uma de cada região do Brasil. O IMGP-EU foi enviado ao principal gestor diretamente ligado ao esporte de cada instituição. As respostas subjetivas foram categorizadas de acordo com a Análise de Conteúdo, e as respostas objetivas foram apresentadas por meio de gráficos e quadros explicativos usando estatística simples. Os resultados foram apresentados em 4 temáticas diferentes e ao final foi feito uma síntese de todo o conteúdo recolhido. Como conclusões entendemos que os gestores possuem características bem distintas entre si no que diz respeito à idade, ao cargo ocupado e ao nível de escolaridade. As Universidades pesquisadas são de grande porte, multicampi e em geral possuem mais de 20000 alunos. A maioria dos gestores afirmou ter uma estrutura adequada para a realização dos projetos, porém, com pouca disponibilidade de horários, visto que o mesmo espaço também é usado para outros fins. Como era esperado, não existe um modelo de gestão padrão, do qual resulta uma indefinição quanto ao real papel do esporte na universidade: Extensão ou Assistência Estudantil. Esta indefinição atrapalha quando se pensa no aspecto financeiro, pois não fica claro qual a fonte de recursos para este fim. Em virtude deste fato, o orçamento anual entre as instituições varia muito. A maioria dos projetos realizados são voltados para o esporte-participação, contudo, o foco maior verifica-se no esporte-desempenho, por meio da realização de torneios e da participação em eventos do calendário oficial da Confederação Brasileira de Desporto Universitário. Nas considerações finais foi apresentado um panorama geral dos 15 principais temas que permeiam a reformulação do esporte universitário no Brasil bem como soluções em curto prazo e soluções definitivas. Com isso será possível dar um primeiro passo na reformulação da gestão do esporte universitário no Brasil. Entende-se, portanto que esta tese atingiu os resultados esperados.