Efeito do estresse térmico sobre o desempenho e parâmetros fisiológicos de galinhas poedeiras
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/256553 http://lattes.cnpq.br/2690005806401526 https://orcid.org/0000-0001-8356-313X |
Resumo: | As aves são animais sensíveis as altas temperaturas e seu organismo rapidamente passa por mudanças para manter o equilíbrio fisiológico e se adaptarem as novas condições. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi estudar as alterações fisiológicas e biológicas de galinhas poedeiras submetidas a estresse por calor, resultantes dos mecanismos de compensação para a manutenção da homeostase, e avaliar o tempo necessário para adaptação das aves ao novo ambiente térmico. O experimento foi realizado em duas câmaras climáticas com 192 aves, 96 Dekalb White e 96 Dekalb Brown, e foi repetido duas vezes em ciclos de 28 dias. Na primeira repetição, as aves estavam com 34 semanas de idade e, na segunda, com 45 semanas de idade. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2×2, sendo dois tratamentos de temperatura (Estresse por calor e Conforto) e duas linhagens, e em parcelas subdivididas. Semanalmente, foi aferido o peso, a temperatura retal, coletado amostras de sangue para análise de hemograma completo e conteúdo de metilação global do DNA. A produção de ovos foi contabilizada diariamente e os ovos dos primeiros e últimos três dias de cada repetição tiveram sua qualidade analisada. Os resultados mostraram que a produção de ambas as linhagens teve queda acentuada durante a primeira semana de estresse térmico, recuperando a produção a partir da segunda semana, sendo que para a linhagem Dekalb White a viabilidade equiparou ao patamar de conforto, e a linhagem Brown permaneceu cerca de 10% inferior. O estresse por calor elevou a temperatura corporal, e reduziu o consumo de ração, o peso das aves e o peso do ovo em ambas as linhagens. A qualidade da casca piorou para a linhagem Dekalb White. O estresse elevou o cloro, mas não afetou os demais parâmetros sanguíneos avaliados. Aos 28 dias de experimento, a linhagem Dekalb Brown apresentou níveis maiores de leucócitos e hematócrito e menor concentração de cloro e sódio quando comparada à linhagem Dekalb White. Os níveis de leucócitos, proteína plasmática, sódio e cálcio iônico permaneceram acima dos valores de referência para as duas linhagens. Não houve diferença no conteúdo da metilação global entre os tratamentos de temperatura, mas apresentou diferença significativa entre as linhagens aos 28 dias de experimento. Conclui-se que as estratégias de adaptação foram distintas entre as linhagens, com indícios de que o processo adaptativo das poedeiras pode ocorrer na primeira semana ao estímulo por calor, e com possibilidade de manutenção da produção e da qualidade dos ovos a partir da segunda semana. Os parâmetros sanguíneos comprovaram que as poedeiras estudadas nesse trabalho foram resistentes ao desafio ambiental proposto, demonstrando capacidade fisiológica e biológica necessária para a adaptação ao estresse por calor crônico. |