A dramaturgia do trabalho no teatro paulistano contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pavam, Walmir Barguil [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86863
Resumo: A pesquisa tem como foco a análise do tratamento da temática trabalhista na dramaturgia paulistana contemporânea, especificamente nos textos A Comédia do Trabalho, da Companhia do Latão, com dramaturgia final de Sérgio de Carvalho e Márcio Marciano; Bartolomeu, que será que nele deu?, de Claudia Schapira; e Borandá, de Luis Alberto de Abreu (em sua primeira saga, Tião) – todos criados em processo colaborativo. As três obras se estruturam em procedimentos épicos que evidenciam diversos aspectos das relações de trabalho na era da acumulação flexível, atual sistema de produção capitalista. As políticas neoliberais implantadas no mundo desde a década de 1970 têm como efeitos, entre outros, a precarização do trabalho e a substituição de uma postura sindical combatente por uma ideologia de veneração à empresa. Nesse contexto de retrocesso da organização coletiva do trabalhador frente à exploração do capital, outras possibilidades de abordagem do assunto desenvolvidas nas peças, além do embate entre patrão e empregado, mostram-se como reveladoras das tensões advindas das relações trabalhistas na atualidade. A hibridização de gêneros teatrais, as diferentes referências da cultura popular, a presença de coros pouco homogêneos, a abordagem múltipla do espaço e do tempo, as interações entre personagens-narradores e personagens da ação dramática são algumas das formas utilizadas para dialogar com a temática