Comportamento biomecânico de diferentes protocolos cirúrgicos/protéticos para maxila atrófica: análise fotoelástica e extensométrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campaner, Marcio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180603
Resumo: Os pacientes com maxila atrófica ainda representam um problema complexo para os cirurgiões dentistas, tornando sua reabilitação um grande desafio, devido à baixa quantidade e qualidade óssea, e também de áreas anatômicas a serem preservadas como a fossa nasal e o seio maxilar que pode apresentar-se pneumatizados. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição de tensões qualitativa e quantitativamente, por meio da análise fotoelástica (AF) e extensométrica (AE), de três diferentes protocolos alternativos ao procedimento de enxertia óssea para a reabilitação implantossuportada de maxila atrófica: implante convencional (S- standard - 3,75x11,5mm) associado a implante curto (C) (5x7mm), implante convencional (S) associado a implante inclinado em 30º e dois implantes convencionais instalados no eixo axial utilizando prótese com extensão em cantilever. A partir de um protótipo da maxila edêntula com atrofia na região posterior, confeccionada por meio de um modelo digital 3D, os corpos de prova foram divididos em 04 grupos de 01 espécime cada para AF e quatro grupos de 05 espécimes para a AE. Foram confeccionados 24 modelos, destes 4 foram de resina fotoelástica (PL-2) e 20 de poliuretano (F160). Foram utilizados implantes do tipo cone morse e confeccionadas próteses fixas implantossuportadas múltiplas (14-16) parafusadas. Os grupos foram divididos de acordo com protocolo de reabilitação proposto em: ISA - dois implantes (S) paralelos ao eixo axial, sendo um instalado na região do primeiro pré-molar (14) e outro na região do primeiro molar (16); ISAICA - dois implantes instalados paralelos ao eixo axial, sendo um implante (S) na região do primeiro pré-molar (14) e um implante curto (C) na região do primeiro molar (16); ISAISI - dois implantes (S), sendo um paralelo ao eixo axial instalado na região do primeiro pré-molar (14) e outro com inclinação distal de 30° na região do primeiro molar (16) e ISAPC - dois implantes (S) paralelos ao eixo axial instalados na região do primeiro pré-molar (14) e segundo pré-molar (15), com o pôntico (16) em cantiliever. Para AF, o conjunto modelo fotoelástico/implante/prótese foi posicionado em um polariscópio circular associado a uma máquina de ensaio universal (EMIC), sendo aplicada força axial de 100N. As tensões geradas foram registradas fotograficamente e analisadas qualitativamente. Para AE, 6 extensômetros foram posicionados ao redor dos dois implantes de cada grupo. Os sinais elétricos foram captados por um aparelho de aquisição de dados (ASD2002). Os dados quantitativos foram submetidos a ANOVA e ao teste Tukey (P<0.005). Pela AF, os protocolos de tratamento ISAICA e ISAPC apresentaram maior número de franjas de alta tensão em comparação os protocolos ISAISI e ISA. Pela AE, os protocolos ISAICA e ISAPC apresentaram maiores valores de tensão (microstrain), sendo diferentes do grupo controle ISA (P<.005). Já o protocolo ISAICA não apresentou diferença do grupo controle. Conclui-se que o protocolo de reabilitação de maxila atrófica com associação de implante axial e implante com inclinação distal de 30° apresentou o melhor comportamento biomecânico, sendo considerado a melhor alternativa ao procedimento de enxertia óssea para a reabilitação implantossuportada de maxila atrófica.