A escola e as tecnologias digitais: aspectos políticos e ideológicos em teses de doutorado a partir da Teoria Crítica da Tecnologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sampaio Junior, Luiz Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202325
Resumo: Nosso estudo visa a investigar de que modo autores de teses de doutorado da área educacional posicionam-se política e ideologicamente perante a inserção de novas tecnologias no ambiente escolar. Para tanto, partimos de uma revisão de literatura de obras fulcrais da Filosofia da Tecnologia e realizamos uma análise documental de seis teses, defendidas em universidades estaduais paulistas, entre 2014 a 2018, adotando como critérios investigativos seu aporte crítico-filosófico diante de três aspectos: posicionamento ante a ideia de unidimensionalidade do universo tecnológico; trato em face da ambivalência entre os usos que são feitos dos designs técnicos e os seus efeitos políticos, comportamentais, sociais, econômicos, ambientais e educacionais; compreensão acerca dos processos de automação do ensino. Constatamos que a crítica epistemológica da tecnologia apareceu em apenas uma pesquisa; em contrapartida, o entendimento de que essa inserção é necessária e urgente faz parte do escopo da maioria dos trabalhos. Poucos autores atentaram para a relação entre microestrutura e macroestrutura; a maioria das teses se mostrou entusiasta com relação à ideia de automação; a discussão entre ‘conteúdo’ informacional e ‘processos de criação e produção’ é abordada por apenas uma tese; a maior parte dos trabalhos defende que as novas tecnologias permitem um ambiente mais democrático e participativo, culminando em maior protagonismo dos alunos. Compreendemos, num âmbito geral, pouca criticidade com relação à ideia do uso de instrumentos técnicos na escola. De qualquer forma, entendemos que o universo amostral utilizado não deve servir a uma ampla generalização, porém a um recorte crítico do que se produziu nas universidades estaduais paulistas entre os anos analisados.