Ultrassonografia modo-b e elastografia da estrutura uteroplacentária durante o período gestacional e pós-parto de cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Simões, Ana Paula Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191521
Resumo: Os objetivos deste estudo foram avaliar e caracterizar a estrutura uteroplacentária durante o período gestacional e pós-parto, em cadelas submetidas a cesariana ou parto normal por meio da ultrassonografia modo-B e elastografia “Acoustic Radiation Force Impulse” (ARFI). Foram utilizadas 12 cadelas braquicefálicas, com peso entre 10 a 15 quilos e 2 a 5 anos. Após revisão do histórico clínico, realização de exames prévios e verificada a higidez, as gestantes foram submetidas aos exames ultrassonográfico convencional e elastografia da estrutura uteroplacentária, com a utilização do aparelho ultrassonográfico ACUSON S2000™/SIEMENS® equipado com transdutor linear de 9,0 MHz. A avaliação da estrutura placentária (materna, fetal e materno-fetal) foi realizada diariamente a partir do dia 15 de gestação ao parto; do dia 56 de gestação à parturição as avaliações foram realizadas a cada 12 horas. O estudo da involução uterina (miométrio e endométrio) iniciou imediatamente após o parto, sendo diário e até o dia 10 do puerpério. Foram verificados biometria (mm); velocidade da onda de cisalhamento (SWV m/s) e rigidez tecidual através dos softwares VTTQ™ (Virtual Touch™ Tissue Quantification) e VTIQ™ (Virtual Touch™ Tissue Imaging Quantification). Os resultados das variáveis foram comparados pela análise de variância (ANOVA). A significância estatística foi estabelecida em 95% (P < 0,05). A espessura placentária materno-fetal aumentou até o dia 63 de gestação (P < 0,0001; R² = 0,91), a espessura materna aumentou até o dia 40 de gestação (P = 0,0340; R² = 0,54) e a espessura fetal até o dia 50 de gestação (P < 0,0001; R² = 0,83). A velocidade da onda de cisalhamento (SWV) da área dorsal (P < 0,0010) foi maior que a lateral, que por sua vez foi maior (P = 0,020) que a área ventral. A SWV da área dorsal, determinada pelo VTTQ ™, diminuiu do dia 21 ao dia 35 e aumentou no dia 56 da gestação (P = 0,0291; R² = 0,4021); A SWV lateral diminuiu do dia 24 ao dia 45 e aumentou até o momento do parto (P < 0,001; R² = 0,6055). A SWV da área dorsal, conforme determinada pelo VTTIQ ™, diminuiu do dia 21 ao dia 43 e depois aumentou no dia 60 da gestação (P = 0,0016; R² = 0,5075); e a SWV da área ventral aumentou do dia 21 ao dia 23 e diminuiu até o momento do parto (P < 0,001; R² = 0,8055). O diâmetro uterino foi maior (P = 0,012) no pós-parto dos animais submetidos à cesariana (15,26 ± 4,73 mm) comparado ao parto normal (12,53 ± 2,64 mm) durante os primeiros sete dias pós-parto. A espessura uterina evoluiu gradualmente nos dois grupos (P < 0,0001), o miométrio durante os primeiros nove dias (P = 0,005) e o endométrio durante os primeiros seis dias (P = 0,003). As SWV´s miometriais e endometriais foram semelhantes entre os tipos de parto (P = 0,7846 e 0,8273) e apresentaram aumento gradual (P = 0,411; 0,0043, respectivamente), durante os primeiros 10 dias pós-parto. As avaliações foram factíveis e não causaram alterações na viabilidade materna, fetal ou neonatal, com resultados promissores e correspondência com o desenvolvimento gestacional normal, constituindo o primeiro estudo a empregar a ARFI na avaliação da estrutura uteroplacentária em cadelas, fornecendo bases para estudos que envolvam processos patológicos em outras espécies.