A obesidade e a aprendizagem da dança em escolas públicas municipais de Fortaleza – Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Patrícia Ribeiro Feitosa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141464
Resumo: A obesidade em crianças e adolescentes é um desafio para a sociedade brasileira. O presente estudo, caracterizado metodologicamente com predominância qualitativa, analisa as possíveis relações do sobrepeso e da obesidade no processo ensino-aprendizagem da dança educativa em crianças e adolescentes. Apropria-se da Triangulação de Métodos como procedimento de coleta de dados, desenvolvida em três etapas. Os instrumentos utilizados foram: avaliação antropométrica, entrevistas individuais semiestruturadas, intervenção educativa, observação participante, diário de campo, escala de avaliação da insatisfação corporal e avaliação da percepção da imagem corporal por silhuetas. Realizou-se em 18 escolas públicas municipais de Fortaleza, Ceará. Os pesquisados são 557 alunos, de ambos os sexos, que praticam dança no Programa Mais Educação, com faixa etária de seis a dezessete anos, entre obesos e não obesos. A análise dos dados foi tratada conforme a natureza de cada instrumento. Utilizou-se o programa SPSS (2003) para as análises estatísticas descritivas, nos dados quantitativos; e interpretação qualitativa e análise de conteúdo, preceituada por Bardin (2004), para os registros qualitativos. Verificou-se que, dos 557 alunos investigados, 22,1% são obesos e 15,6% estão com sobrepeso. Estes números revelam que 37,7% estão com peso corporal fora do padrão de saúde, um indicativo de risco à saúde pública da população jovem da cidade de Fortaleza. Desvelou-se a sensação de prazer ao dançar; a importância do adequado acolhimento docente para o fomento ao interesse na aprendizagem e ao bom convívio dos alunos; a timidez por parte dos alunos com sobrepeso e obesos, e a sutil revelação do preconceito social aliado à prática da dança para homens e para pessoas obesas, contrapondo-se ao sentimento de satisfação com seus corpos. O estudo conclui que a obesidade é um fator influente e quase limitante na aprendizagem da dança. Porém, considera a dança como importante recurso educativo para a promoção da saúde do obeso, especialmente, pela função de elevar a autoestima e auto aceitação dos seus praticantes, além de propiciar benesses nos aspectos da flexibilidade e da postura corporal.