O tempo sagrado do Império: história e religião na obra do Cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Narita, Felipe Ziotti [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93233
Resumo: Este trabalho pretende investigar alguns traços da concepção de história veiculada pelos compêndios destinados à formação da infância no Brasil imperial. Analisando as obras escritas pelo cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro (1825-1876) – impressos largamente utilizados nas escolas primárias, secundárias e normais entre os anos 1860 e 1880 –, pretende-se indicar de que modo as narrativas de história do cônego apresentavam aos jovens engenhos um tempo histórico para o Império, fundamentando as virtudes do governo do presente. Ao organizar fatos, datas e “grandes homens” em lições destinadas especificamente ao ensino da infância, as obras de Fernandes Pinheiro diluem a escrita da história em uma narrativa cujo enredo é orientado pela centralidade da religião na civilização do trópico (com a narrativa situada numa temporalidade, não raro, marcada pela interferência da Providência no curso dos eventos), construindo o tempo histórico na projeção de uma origem virtuosa que se desdobra como um continuum no presente imperial necessário para o governo moral e político de uma nação. Trata-se, também, de articular a escrita da história do cônego com os traços estruturais do processo de construção do saber escolar por meio da gradativa formação de uma cultura escolar à luz do papel fundamental desempenhado pela cultura letrada dos impressos nas salas de aula do Império