Rentabilidade e risco de sistemas de produção de culturas anuais no estado do Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Érik Januário da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152708
Resumo: Um dos grandes desafios dos produtores agrícolas é elevar os níveis de produção e produtividade das plantações e ao mesmo tempo atender aos anseios da sociedade para que os sistemas de produção sejam mais sustentáveis. Neste cenário, a adoção do sistema de sucessão de culturas surge como uma opção conservacionista ao convencional sistema de monocultura, graças às vantagens como a melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, melhora o aproveitamento de fertilizantes, reduz os riscos de mercado, entre outras. Entretanto, a adoção contínua do sistema de sucessão de culturas traz malefícios ao solo, como erosão, compactação e esgotamento de nutrientes, os mesmos efeitos do uso contínuo do sistema de monocultura. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a rentabilidade e os riscos econômicos para a adoção do sistema de sucessão de culturas anuais (cultivos de verão seguidos de cultivos de inverno) em relação ao sistema em monocultura no estado do Mato Grosso. Como objetivos específicos, buscou-se identificar quais as principais fontes potenciais de risco para cada cultura e avaliar como elas influenciaram os resultados finais das simulações de cada sistema. Foram realizadas simulações de cenários para ambos os sistemas por meio do método de simulação de Monte Carlo e as culturas selecionadas para esta análise foram a soja, o algodão e o milho dada sua relevância para a economia local e nacional. Para cada sistema foram feitas as análises estatística, de sensibilidade e de percentis de risco utilizando os indicadores de rentabilidade renda líquida (RL) e índice de lucratividade (IL), nos cenários pessimista, médio ou de maior ocorrência e pessimista para as variáveis de produção. Os resultados das simulações indicaram que a monocultura da soja é a atividade com o desempenho mais conservador dentre as analisadas, com as menores probabilidades de prejuízos no cenário mais pessimista de valores e os mais baixos retornos prováveis nos cenários médio e otimista, a baixos níveis de risco, sendo mais indicada a produtores conservadores e avessos a assumirem elevados riscos. A monocultura do algodão e a sucessão de culturas soja-algodão apresentaram os maiores prejuízos no cenário pessimista e as maiores probabilidades de retornos econômicos no cenário otimista, mas com elevados níveis de risco, sendo mais indicados a produtores dispostos a assumirem elevados riscos. A sucessão soja-milho apresentou relevantes resultados nos três cenários, com baixa probabilidade de prejuízos no cenário pessimista e alto retorno econômico nos cenários médio e otimista, a níveis médios de risco, sendo indicada para produtores que estão dispostos a assumirem níveis de riscos mais elevados do que os produtores conservadores. Além disso, as fontes de risco mais impactantes nos resultados das simulações de cenários de ambos os sistemas foram os preços de venda da soja e da pluma de algodão, ambas com impacto positivo, e os custos do inseticida do algodão e do fertilizante da soja, ambas com impacto negativo. No geral, o sistema de sucessão de culturas apresentou maiores resultados a menores níveis de risco.