O discurso didático-religioso nas cartas espirituais de Frei António das Chagas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Maicon Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255033
Resumo: O trabalho aborda a obra Cartas Espirituais, de Frei António das Chagas, com o objetivo de realizar o estudo sistemático das estratégias retóricas de escrita, de forma a rastrear e determinar os mecanismos eficazes para que as propostas religiosas de aconselhamento / ensinamento / conforto / alerta se façam por intermédio de modelos didáticos, seguindo a máxima horaciana de instruir e deleitar. Pauta-se na edição mais recente das Cartas Espirituais (2000) editada pela professora e pesquisadora Isabel Morujão. As Cartas alternam modos discursivos, dentre os quais predomina o modelo de aconselhamento / ensinamento em suas linhas. Quanto às formas de apreensão desses recursos, buscamos investigar os principais modelos emulados por Antônio das Chagas, como a retórica aristotélica, a oratória ciceroniana, enquanto vozes da Antiguidade Clássica. Nosso suporte teórico, para a mesma finalidade, está baseado em Muhana, Hansen, Morujão e Costa. Complementa-se este trabalho com a análise dos aspectos linguístico-literários das Cartas Espirituais, buscando reconhecer as estratégias empregadas para a confluência dos discursos retóricos e religiosos, comparando outros modelos de escrita do próprio autor, a fim de reconhecer os parâmetros para compreender o funcionamento da “didática” nas Cartas de Frei Antônio das Chagas, desvelando como o orador se apropria dos recursos linguísticos para obter o efeito persuasivo. Os resultados a que chegamos foi reconhecer os modelos didáticos aplicados a determinados gêneros de escrita portuguesa nos seiscentos, intensificando o estudo do potencial historiográfico, linguístico ou literário, nas áreas das humanidades, particularmente no estudo de literatura e língua portuguesa, focando de imediato as potencialidades expressivas e as manifestações criativas da obra do Frei António das Chagas e assim oferecer subsídios para a análise do desenvolvimento das concepções de educação e ensino por meio do discurso didático.