Estudo da prevalência de cefaléias primárias e da sua associação com a dor orofacial em pacientes com disfunção temporomandibular crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Franco, Ana Lúcia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98026
Resumo: Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo coletivo para os problemas clínicos que envolvem a musculatura da mastigação, articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. A cefaléia é um sintoma que aparece freqüentemente associado à DTM. Estudos epidemiológicos indicam forte associação entre dor de cabeça e DTM, porém essa interação ainda é passível de discussões. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência de cefaléias primárias e sua associação com a dor orofacial em pacientes que procuraram atendimento na Clínica de Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP, Brasil. A amostra foi constituída por 158 pacientes selecionados consecutivamente. A DTM e a presença de cefaléia foram avaliadas respectivamente por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) e por um questionário desenvolvido por especialistas do ambulatório de cefaléia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, baseado nos critérios propostos pela Classificação Internacional de Cefaléias (CIC, 2004). Os resultados demonstraram que: a maioria dos pacientes era do gênero feminino (84,2%); a freqüência de DTM mista foi maior para o gênero feminino, enquanto a de DTM somente articular foi maior para o masculino (p=0.009); não houve associação estatisticamente significativa entre a faixa etária dos pacientes e a presença de DTM (p=0,177); a maior prevalência de cefaléia foi para a migrânea (53,2%), seguida pela cefaléia do tipo tensional (29,1%), ausência de cefaléia (13,9%) e outras cefaléias (3,8%); a presença e o tipo de cefaléia não mostraram associação com o gênero (p=0,139; p=0,177), idade (p=0,897; p=0.564), ou cronicidade da DTM (p=0,115; p=0,126). Pôde-se constatar uma possível associação entre cefaléias primárias e DTM, especialmente para a migrânea.