Propriedades birrefringentes e organização macromolecular dos colágenos fibrilares do estroma corneal de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Camila Pinho Balthazar da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181327
Resumo: Visando compreender como se comporta a organização das fibras colágenas do estroma corneal de cães por meio de propriedades birrefringentes, objetivou–se com a pesquisa mapear a supraorganização das fibras do estroma corneal de cães, de maneira setorizada e comparativa, nos diferentes sítios e fragmentos. Córneas (n=22) foram removidas de 11 cães submetidos a eutanásia por razões não relacionadas à pesquisa. Quatro córneas foram estudadas in totum, após confecção de montagens totais, e 18 foram incluídas em parafina e transversalmente seccionadas para 7 µm. Todo o material foi estudado sob microscópio de luz polarizada (Olympus BX-53 Pol, Tóquio, Japão) munido de luz policromática e monocromática de 546 nm, compensadores de Sénarmont e Brace-Köhler, e sistema para vídeo-análise de imagens. As fibras colágenas foram posicionadas a 45 e 90 graus do plano da luz polarizada (PLP) e avaliadas setorialmente, ou seja, nas regiões anterior, média e profunda dos estromas superior, inferior, central, nasal e temporal das córneas. A supraorganização das fibras colágenas foi estabelecida a partir dos valores da diferença do caminho óptico (OPD) quantificados pelo método de Sénarmont e Brace-Köhler. O tensor de estrutura, foi processado com auxílio do plugin Java “OrientationJ”. Diferenças com P<0,05 foram consideradas significativas. Não foram observadas diferenças em alinhamento das fibras colágenas entre as regiões superior, inferior e central da córnea (P>0,05). As fibras colágenas nos sítios anterior e médio dos fragmentos nasal e temporal das córneas foram menos alinhadas e mais onduladas do que as fibras colágenas dos demais fragmentos corneais (P<0,05). As fibras colágenas dos fragmentos centrais das córneas apresentaram valores altos de OPD, ou seja, foram mais compactadas, se comparadas com as fibras das outras regiões da córnea (P<0,01). Em contraste, as fibras do fragmento inferior foram menos compactadas (valores<OPD) do que nos outros fragmentos (P<0,01). As fibras colágenas estromais da córnea canina apresentam birrefringência de forma (BF) positiva. A contribuição da BF para a Birrefringência total (BT) foi superior a 80%. Relativamente a birrefringência intrínseca (BI), fibras colágenas nos fragmentos corneais central e inferior apresentaram, respectivamente, o menor e o maior valor. Em conclusão, a birrefringência total (forma e intrínseca) em cães é positiva em todos os fragmentos e profundidades da córnea, e a córnea canina apresenta dispersão anômala de birrefringência em sua periferia. Além disso, o padrão de ordenação das fibras colágenas não é constante em toda a córnea, sendo diferente entre os fragmentos estudados.