Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Tatiana Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149958
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Resumo: |
Durante a evolução humana houve a transição do padrão nutricional, hoje comprovadamente associada ao aparecimento das doenças da modernidade, ilustradas pela constelação de patologias características da Síndrome Metabólica (SM). Dentre as características alimentares do homem moderno está a baixa ingestão de laticínios, motivada por razões fisiopatológicas, socioeconômicas e culturais. Os laticínios representam grupo de alimentos fornecedores de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais. Com o objetivo de determinar os fatores relacionados com a baixa ingestão de laticínios e as implicações com a presença de SM em adultos, foram avaliados 763 indivíduos de ambos os sexos, acima dos 35 anos, selecionados para ingresso em programa para mudança do estilo de vida (“Mexa-se pró saúde”), no período de 2006 a 2016. O critério de inclusão foi a existência de todos os dados socioeconômicos, demográficos, nível de atividade física, dietéticos (avaliação da ingestão de laticínios em porções, índice de alimentação saudável - IAS), antropométricos, clínicos e bioquímicos (para diagnóstico da SM). A análise estatística foi realizada pelo software SAS 9.3, utilizando os testes t de Student, ANOVA, Tukey e análise de regressão logística, adotando o nível de significância de p<0,05. A amostra foi predominantemente feminina (81,1%), quase certamente menopausadas (idade 54±11 anos), 75,2% com renda familiar inferior a 5 salários mínimos, sentindo-se em bom estado de saúde com 65,4% referindo estilo de vida ativo, mas (49%) apresentando obesidade, sendo, mais de 2/3 do tipo abdominal e com prevalência de SM em 1/3 da amostra. A inadequação de ingestão de laticínios atingiu 92,5% da amostra, influenciada significativamente pela baixa renda familiar e baixa ingestão energética (e de gorduras) e da qualidade da dieta (IAS) associadamente, a baixa ingestão de cálcio. Apenas este último permaneceu associado aos laticínios após os ajustes pelas co-variaveis. Não houve influência da ingestão de laticínios na presença de SM, mas sim na de hipertensão arterial, prevalente em 1/3 da amostra. O risco de hipertensão arterial pela baixa ingestão de laticínios chegou a 51% e o seu fator protetor a 26%. A participação da ingestão de cálcio na prevalência de hipertensos foi caracterizada, de forma direta, pela ingestão de cálcio e proteínas e, relação cálcio/proteína. A participação indireta do cálcio foi sugerida pela exclusão da possível maior ingestão de sódio. Dada a importância evidenciada, tanto da adequação de lacticínios, na ação primária de agravos hipertensivos, como a redução gradativa que vem sendo observada na ingestão destes alimentos, paralelamente ao crescimento pandémico de doenças como a SM, o presente estudo acena para ações de orientação para valorização nutricional dos lacticínios e incentivo ao seu consumo. |