A formação da escuta: subjetividade e política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nechio, Douglas Egidio Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90213
Resumo: O estatuto da escuta em tempos de vida lesada é discutido neste trabalho. Partindo de um aforismo extraído da obra filosófica Mínima Morália, interroga a afirmação adorniana de que não há vida certa na errada. O campo problemático da formação da escuta e suas possibilidades atuais constituiu-se como meio privilegiado no desenvolvimento das relações entre filosofia e psicologia, o que se alcançou neste trabalho mais especificamente a partir da aproximação entre parte da psicanálise de Sigmund Freud, de um lado, e da filosofia crítica de Theodor Adorno, de outro, devido as necessidades apontadas pelo objeto investigado. Este estudo teórico está organizado em três capítulos. Psicanálise e Teoria Crítica é apresentada a psicanálise sob a perspectiva de seu possível uso crítico. Em condições para a psicanálise em tempos de barbárie são discutidos os problemas e limites colocados para a escuta nas relações sociais que configuram a modernidade. Neste ponto, as críticas de Adorno, bem como a centralidade da educação na formação do indivíduo, são invocadas a fim de balizarem o caminho e os objetivos para a emancipação humana de sua condição de menoridade. Por fim, em Desafios atuais para a escuta investiga-se a atualidade da escuta psicanalítica, e pergunta-se sobre a possibilidade de ela promover mais do que adaptação. Abandona-se neste percurso o enquadre clássico de uma técnica aplicada restritivamente a quatro paredes, ao se defender que sua definição configura um problema ético, e não geográfico, a saber, a superação das relações que hoje fraturam os homens e impedem a hegemonia na cultura daquilo que é propriamente digno de ser chamado humano