Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Lívia Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152255
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Resumo: |
O câncer de mama apresenta altas taxas de incidência e também de mortalidade, sendo a neoplasia mais comum entre as mulheres. MicroRNAs (miRNAs) são pequenas moléculas de RNAs não codificantes que desempenham papel fundamental na regulação gênica. Estudos recentes têm demonstrado que miRNAs estão diretamente envolvidos na iniciação e progressão de vários tipos tumorais, incluindo o câncer de mama. Diversos miRNAs têm sido descritos como promotores ou supressores tumorais, podendo estar associados ao crescimento do tumor e metástase. Atualmente, tem sido demonstrado que a administração exógena da melatonina, um hormônio naturalmente secretado pela glândula pineal, apresenta diversos efeitos oncostáticos em diferentes tipos tumorais. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o papel da melatonina em uma possível via metastática envolvendo a regulação de miRNAs em células da linhagem de câncer de mama metastática e triplo-negativa MDA-MB-231. Inicialmente, a expressão de 384 miRNAs foi avaliada utilizando placas “Taqman Low-density Array” (TLDA). Para futuras validações, foram selecionados apenas miRNAs que apresentaram fold change >1,5 e <0,5. Os resultados demonstraram que a melatonina modulou a expressão de 17 miRNAs (11 superexpressos e 6 inibidos). Dentre os miRNAs modulados pela melatonina, miR-148b e miR-210 foram confirmados por qRT-PCR, selecionados e utilizados para investigações funcionais. As células MDAMB-231 foram então transfectadas para inibição de miR-148b e/ou miR-210 (permanente ou transiente, respectivamente), e avaliadas após tratamento com melatonina. Em seguida foram avaliadas a taxa de migração e expressão proteica de cMyc, possível gene alvo de miR-148b e miR-210. Os resultados demonstraram que a melatonina foi capaz de reduzir a expressão de c-Myc e afetar a taxa de migração das células modificadas ou não com miR-148b. No entanto, nenhum efeito sobre c-Myc ou migração foi observado em células modificadas para miR-148b, quando comparadas as células controle. No que se refere ao miR-210, a melatonina alterou a expressão de cMyc e migração celular, nas células tratadas com melatonina ou expressando anti-miR210. Em resumo, nossos resultados demonstraram que apesar da melatonina influenciar na modulação positiva do miR-148b e miR-210 em células tumorais de mama triplonegativas, esta regulação não foi necessariamente causativa para alterar a expressão de c-Myc ou diminuir a taxa de migração destas células. Nossos resultados confirmam o efeito da melatonina na inibição da proliferação e migração celular, especialmente em células triplo-negativas, sugerindo seu importante papel no controle da progressão tumoral. No entanto, ainda é necessário estabelecer uma ligação direta entre as modulações de certas proteínas ou miRNAs com os efeitos da melatonina. |