Transmissão do tomato chlorosis virus pelas espécies crípticas Bemisia tabaci (Mediterranean e Middle East-Asia Minor 1) e diversidade genética de isolados de pimentão, tomate e pepino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vicentin, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204669
Resumo: O crinivirus tomato chlorosis virus (ToCV) é um dos principais vírus que atingem plantas da família Solanaceae. No Brasil os vetores do ToCV são as espécies crípticas de Bemisia tabaci Middle East Asia Minor I (MEAM1) e Mediterranean (MED), além da Trialeurodes vaporariorum e T. abutilonea. Nos últimos anos, surtos populacionais de MED foram reportados em estufas de pimentão e pepino, bem como sintomas típicos de mosaico entre nervuras observados nestas estufas. A identificação molecular confirmou infecção por ToCV em ambas as culturas. A fim de melhor compreender a diversidade dos isolados de ToCV, a influência dos hospedeiros naturalmente encontrados e a transmissão pelas espécies crípticas MEAM1 e MED, foram realizados ensaios de transmissão de isolados de ToCV provenientes de tomateiro (ToCV-tomate), pimentão (ToCV-pimentão) e pepino (ToCV-pepino) por MEAM1 e MED. O ToCV-tomate mantido em tomateiro, foi transmitido para tomateiro tanto por MEAM1 como por MED, com eficiência de transmissão de 87% e 93%, respectivamente, porém não sendo transmitido para pimentão e pepino. O ToCV-pimentão, mantido em pimentão, não foi transmitido para pepino, porém foi transmitido eficientemente por ambas as espécies de B. tabaci para tomateiro. Para pimentão foi observada melhor eficiência de transmissão por MED (83.3%) comparada a MEAM1 (50%). O ToCV-pepino, mantido em pepino, foi transmitido por MEAM1 e MED para pimentão com uma eficiência de 50 e 53%, respectivamente, e para tomateiro com uma eficiência de 8.3 e 8.8%, respectivamente. Somente MED transmitiu este isolado para o pepino, porém com uma eficiência de 3.1%. Com base nas análises do genoma completo do ToCV, bem como de sequências nucleotídicas correspondentes a CPm e p22, não foi possível verificar diferenças que poderiam estar associadas às taxas de transmissão dos isolados de ToCV encontrados em pimentão, tomateiro e pepino para plantas da mesma espécie. A análise filogenética revelou que os isolados brasileiros se agruparam em um único clado e ficaram próximos aos isolados sul-coreanos e ao isolado grego. Além disso, a incidência de ToCV foi avaliada em três estufas de pimentão em cultivo protegido na microrregião de Pirajuí/SP. Foram observadas incidências de 12, 52 e 91%, bem como presença de B. tabaci Mediterranean.