Telejornalismo e sites de redes sociais: um estudo sobre as mudanças recentes no modo de endereçamento do Jornal Nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bevilaqua, Leire Mara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182381
Resumo: A televisão vivencia mais um momento de transformação impulsionado pela tecnologia e pelas práticas sociais e culturais vigentes. O processo de digitalização e a possibilidade de conexão em rede modificaram as concepções de tempo e espaço e trouxeram mudanças significativas aos formatos, às rotinas produtivas e até mesmo à forma como se consome o conteúdo televisivo. É um cenário em que novas e velhas audiências coexistem, reafirmando, mas também renovando contratos assumidos com a televisão. E o telejornalismo, enquanto instituição social, na concepção de Raymond Williams, não poderia passar indiferente a esse cenário. É por isso que, nesta pesquisa, busca-se compreender como o telejornal que está há mais tempo no ar no país, o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, até a última década considerado um dos noticiários mais conservadores, vem modificando seu modo de endereçamento ao telespectador (GOMES, 2011) em razão da aproximação aos sites de redes sociais. Essa proximidade se dá principalmente com o Twitter, pelas características de fomento à conversação e agilidade na propagação de conteúdos no mesmo instante da transmissão televisiva. Parte-se, portanto, de uma investigação em busca do atual modo de endereçamento do Jornal Nacional a partir do operador de análise do contexto comunicativo, também estabelecido por Gomes (2011). Ele diz respeito à situação discursiva entre telespectador e telejornal, ou como esse último enxerga e posiciona o público. Entende-se que, na atualidade, esse posicionamento se dá a partir da televisão e também pelo perfil oficial do telejornal no Twitter. Assim, o corpus de análise é composto por situações identificadas durante a exibição do Jornal Nacional ao vivo, postagens feitas pela equipe no perfil oficial no Twitter antes e depois das transmissões, e interações de usuários da plataforma, telespectadores ou não do JN, durante a veiculação do noticiário. Os resultados demonstraram que há uma tentativa do Jornal Nacional de se apresentar mais próximo do público dos sites de redes sociais e aberto a críticas e sugestões. Um movimento que se dá a partir de mudanças na postura dos apresentadores, no uso de conteúdos dos sites de redes sociais, na abertura de espaços para intervenções de usuários na condução ao vivo, e até no reposicionamento de decisões editoriais.