Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Frederico Augusto Garcia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103697
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Resumo: |
Esta tese compreende um estudo da poesia oral pantaneira no momento de sua atualização, ou seja, durante a performance. Para tanto, ela se divide em três partes principais. Na primeira, com base em relatos de viagem, foram identificados embates discursivos entre o narrador e o viajante. A partir desses embates, foi demonstrado como, durante a performance, a presença do auditório exige do narrador uma postura frente àquilo que conta, ou seja, como ele cria uma identidade, que se manifesta pelo discurso da narrativa. Outro ponto discutido diz respeito ao registro da poesia oral pelo viajante, em que enfatizei como elementos ligados à performance foram ignorados e como a transcrição interfere na compreensão do texto oral. Na segunda parte, foram analisados os aspectos discursivos da narrativa oral. Constatei que o narrador cria uma autoridade (relação frente ao auditório) e autoria (atualização do texto que ouviu), pelas quais ele engendra um discurso identitário. A questão das variáveis e invariantes no texto oral foi estudada na terceira parte. Assim, detive-me no estudo das narrativas de enterro pantaneiras. Identifiquei elementos invariantes (origem, anunciação, marcação, provação, desenlace), que congregam algumas variáveis (tipos de origem, formas diferenciadas de anunciação, etc.). Além disso, as narrativas se reorganizam mudando de significado, como constatei com o protoconto, a explicativa, o logro e a descritiva. O último capítulo tratou da performance, em que foi analisada a manifestação da narrativa na performance e, também, alguns dos mecanismos que o narrador emprega para persuadir o seu auditório. Os estudos assim divididos visam a dar uma visão sincrônica da poesia oral, pois partem do texto oral em seu espaço de constituição, levando em conta a voz (identidade e ruído) do narrador. |