Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Batista, Carolina Cordeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215834
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo investigar como o professor de matemática se percebe sendo professor com tecnologia. Para a produção dos dados, um grupo de formação foi constituído com três professores de matemática de uma escola de Tempo Integral da rede pública estadual, vinculada à Diretoria de Ensino do Município de Guaratinguetá, São Paulo. Para a condução das ações junto ao grupo, orientamo-nos por uma prática de formação nomeada de estudo de aula, articulando-a à concepção fenomenológica da forma/ação. Durante o período de um ano e meio (início do 2º semestre de 2018 ao final do 2º semestre de 2019), reunimo-nos com o grupo para estudar práticas de ensino em uma perspectiva de exploração e investigação matemática com uma tecnologia eleita pelo grupo, o software GeoGebra. Nesses encontros foram planejadas aulas com seis temas diferentes. Após o planejamento, as aulas foram ministradas por um membro do grupo e acompanhadas pelos demais professores e pela pesquisadora. As aulas foram filmadas para a elaboração de vídeos com recortes de situações que possibilitavam discutir as ações dos alunos. Esses vídeos foram assistidos pelos professores para que pudessem analisar a experiência vivida. As discussões dos encontros em que os professores definiram os temas, planejaram e analisaram as aulas foram filmadas e transcritas, constituindo-se na descrição da experiência vivida, um texto que se abriu à análise e à interpretação da pesquisadora. Assumindo a postura fenomenológica na condução da pesquisa, o fenômeno perceber-se sendo professor com tecnologia pôde ser compreendido segundo a atenção (dada) ao fazer do aluno e a mudança de postura do professor, as categorias de análise evidenciadas no movimento interpretativo. Na discussão das categorias mostra-se que, atento ao fazer do aluno, o professor se volta para o movimento do corpo com a tecnologia e se abre, pela empatia, à escuta do que “dizem” seus gestos, falas, escrita, modos diversos de expressão. Nessa escuta compreende como o aluno atribui significado ao que vê na tela do computador e identifica possibilidades para mobilizar ações de ensino. A mudança de postura do professor se mostra no movimento de aprender e de ensinar. Querendo aprender para ensinar, o professor se dá conta de que as práticas que vinha realizando com a tecnologia não favoreciam a constituição de conhecimento do aluno. Voltando-se para a experiência vivida ao ensinar, identifica atitudes que não contribuem para a constituição de conhecimento do aluno e, ao se dar conta de si, busca construir modos de ser professor com tecnologia. |