Biocompatibilidade do polímero poli(butileno adipato-co-tereftalato) (PBAT) na córnea de coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Aline Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251752
https://lattes.cnpq.br/8610798360397416
https://orcid.org/0000-0001-5683-3253
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi o de estudar a biocompatibilidade da membrana do polímero poli(butileno adipato-co-tereftalato) (PBAT) (mPBAT) na córnea de coelhos através de avaliação clínica e histopatológica. Foram utilizados doze coelhos da raça Nova Zelândia, que foram submetidos à tunelização interlamelar estromal em ambos os olhos, e em um dos olhos foi colocada a mPBAT (olho tratado = OT). O olho contralateral foi o olho controle (OC), submetido ao procedimento, mas sem o implante da mPBAT. A avaliação clínica foi realizada nos dias 1, 3, 7, 15, 30, 45 e 60 após o procedimento cirúrgico, e a avaliação histopatológica, com hematoxilina e eosina (HE), picrosirius (PSR) e tricrômico de masson (TM) aos 30 (M30) e 60 dias pós-operatórios (M60). Não houve diferença estatística nos parâmetros clínicos entre OC e OT em nenhum momento estudado, porém houve maior infiltrado inflamatório mononuclear, proliferação de fibroblastos e edema na córnea do OT no M30 e M60 (p < 0.05), ainda que essas variáveis tenham sido discretas em sua maioria. Na coloração de PSR, foi observada média de 60,02% de fibras colágenas imaturas no OT no M30, quando comparado a média de 28,05% no OC no M30 (p= 0.002). Na coloração com TM, foi observada a proliferação de fibroblastos em meio ao estroma corneal no OT, e maior intensidade da cor azul no OT, quando comparado ao OC, sugerindo maior deposição de colágeno no OT. Considerando a baixa reação inflamatória, associado à característica bioativa aos 30 dias pós-operatórios e bioinerte aos 60 dias pós-operatórios observadas com a coloração de PSR, conclui-se que a mPBAT é um potencial material para aplicação na córnea no tratamento de úlceras de córnea.