Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Nagai, Douglas Ken [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141462
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Resumo: |
Em meio ao ambiente de mudanças na agricultura, no qual a abordagem produtivista e baseada em custos sofre alterações, novas visões são concebidas para determinar a competitividade e valor dos produtos agropecuários. Essas novas visões trazem valores ligados às esferas social, ambiental, gerencial e ao uso do conhecimento que propiciam um ambiente favorável ao surgimento das inovações. Tais inovações podem ainda ser impulsionadas por estratégias de negócios, como as certificações e registros, mais precisamente, as Denominações de Origem (DO -uma forma de Indicação Geográfica). Assim, este trabalho objetivou analisar o processo de inovações (tecnológica e social) para a criação de valor em denominação de origem em cafés no Brasil, especificamente, na região do Cerrado Mineiro, comparativamente à produção sem selo de origem. De modo específico, pretendeu-se identificar: a) os tipos de melhorias tecnológicas de produto, processo de produção e gerenciais realizadas pelos produtores rurais que comercializam com o registro de DO, em relação aos usuários que mantiveram a produção de café sem selo de origem; b) as fontes de informação utilizadas nesse processo, em termos de atores e redes de informação; c) os impactos ocorridos na dimensão social dos produtores rurais (fatores de condição e relação social), podendo-se avaliar se estão relacionadas às inovações sociais. Para tal, foi utilizado o estudo de múltiplos casos, no qual foi aplicada uma entrevista semiestruturada junto aos produtores que comercializam com selo de origem e aqueles que não comercializam com selo de origem, da região do Cerrado Mineiro. Os resultados demonstraram que as unidades que utilizam a DO apresentaram um ritmo mais intenso de adoções tecnológicas em relação às unidades que não comercializam com o selo de origem. No que tange ao uso das fontes de informação, apesar de alguns produtores com DO ocuparem um papel central no uso e busca de informações, existem unidades produtoras sem o selo de origem que obtiveram maior frequência de uso de fonte de informação em relação a produtores com o selo de origem, apesar do ritmo menos intenso de adoção de inovações. No que tange aos impactos na dimensão social, as melhorias analisadas ocorreram como consequência da obtenção da DO pela região, e não anteriormente à obtenção como um processo planejado. As melhorias identificadas na análise das necessidades humanas mostraram que os fatores ligados ao relacionamento com clientes, estima e autorealização foram predominantes em relação aos fatores fisiológicos e de segurança. A pesquisa mostrou que os produtores que comercializam sua produção com a DO possuem de fato um maior nível de adoção de inovações tecnológicas comparativamente a produções que não comercializam com o selo de origem. Na esfera social, foram identificadas melhorias decorrentes da DO para os dois estratos de produtores, como a criação da cafeteria Dulcerrado e o aumento no recebimento das visitas às propriedades rurais. |