Preference for reaching tactile stimulation in a territorial fish is not affected by social stress

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Guilherme Delgado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182112
Resumo: O bem-estar animal é avaliado por indicadores fisiológicos e comportamentais, como nível de estresse, taxa de crescimento, comportamentos estereotipados e desempenho cognitivo. Uma abordagem recente utiliza a percepção do próprio animal como uma forma de saber se o mesmo se encontra em bom estado de bem-estar, por meio de testes de preferência e motivação, considerando que o animal está bem saúde quando está em condições por ele preferidas. Neste estudo, usamos essa abordagem para testar se peixes territoriais percebem a estimulação táctil corporal como um recurso positivo, uma vez que essa condição tem sido considerada uma maneira de melhorar o bem-estar em peixes. Assim, testamos se a tilápia-do-nilo prefere e está motivada a acessar a estimulação tátil; e se a preferência aumenta após um estímulo negativo, como o estresse oriundo de interações agressivas (estresse social). Machos adultos foram isolados por oito dias em aquários contendo um estimulador táctil central formado por hastes plásticas verticais com cerdas de silicone, pelas quais os peixes passam recebendo estimulação táctil corporal. Posteriormente, os animais foram submetidos a um teste de preferência no qual o peixe tinha a opção de atravessar uma área com estimulação táctil ou uma área sem estimulação. Em seguida, os peixes passaram por um teste de motivação, no qual deviam superar estímulos aversivos (alta iluminação) para acessar a estimulação táctil. Depois disso, os animais foram pareados para estabelecer a hierarquia de social por meio de interações agressivas, e novamente submetidos a testes de preferência e motivação. Um grupo controle foi submetido aos mesmos procedimentos, mas sem o estressor social. Observamos que o número de atravessamentos foi maior pela área sem estimulação táctil, tanto nos testes de preferência quanto nos de motivação, embora algumas diferenças individuais tenham sido detectadas. No entanto, os peixes não evitaram a área com estimulação, mesmo com a opção de permanecer em áreas neutras; os animais também superaram a rota aversiva de alta iluminação para obter o acesso ao estimulador táctil. O estresse social não afetou o comportamento de preferência e motivação. Além disso, observamos que os peixes que atravessaram mais o estimulador se tornaram submissos, de modo que a estimulação táctil atuou modulando a hierarquia social reduzindo a agressividade. No geral, concluímos que os peixes não percebem a estimulação tátil como um alívio de estresse social. No entanto, como os animais não evitaram a estimulação e enfrentaram um estímulo aversivo para obter acesso a ela, sugerimos que a estimulação táctil pode representar uma condição positiva para peixes territoriais.