O efeito da suplementação isolada de vitamina D sobre os marcadores imune-inflamatórios em mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bueloni-Dias, Flavia Neves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151469
Resumo: Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação isolada de vitamina D (VD) sobre os marcadores imune-inflamatórios em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Foi conduzido ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado envolvendo 160 mulheres com idade entre 50-65 anos e amenorréia ≥ 12 meses. Foram excluídas mulheres com histórico de doença cardiovascular, diabetes insulino dependente, doença renal crônica, doença hepática, doença autoimune, disfunção da paratireóide e usuárias de doses farmacológicas de VD (> 100 UI/dia). As participantes foram randomizadas em dois grupos: grupo VD, ingestão de colicalciferol 1.000 UI/dia via oral (n=80) ou grupo placebo (n=80). O tempo de intervenção foi de 10 meses, com avaliações nos momentos inicial e final. Para avaliação da resposta inflamatória foram dosadas as interleucinas IL-1β, IL-5, IL-6, IL-10, IL-12ρ70, IL-17, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-) e o interferon gama (IFN-). Os valores séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foram mensurados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A análise estatística foi por Intenção de Tratamento (ITT), empregando-se medidas repetidas por meio da Distribuição Gama seguido do teste de comparação múltipla de Wald. Resultados: Os grupos foram similares nos parâmetros clínicos e bioquímicos iniciais. A média de idade foi de 58,8 ± 6,6 anos no grupo VD e de 59,3 ± 6,7 anos no grupo placebo, com tempo de menopausa de 12,0 ± 8,8 anos e 12,3 ± 8,4 anos, respectivamente (p>0.05). Após 10 meses, valores médios de 25(OH)D aumentaram de 15,0 ± 7,5 ng/ml para 27,5 ± 10,4 ng/ml (+45,4%) no grupo VD, e diminuíram de 16,9 ± 6,7 ng/ml para 13,8 ± 6,0 ng/ml (-18,5%) no placebo (p<0.001). No grupo de mulheres suplementadas com VD observou-se redução significativa nos valores de IL-5 (-77,4%), IL-12p70 (-41%), IL-17 (-57,1%), TNF- (-24,1%) e IFN- (-47,0%) (p<0.05). Na comparação entre os grupos no momento final, foi observada diferença significativa para IL-5 (0,7 ± 0,9 pg/mL vs 2,0 ± 7,1 pg/mL, p=0.005) e IL-6 (1,3 ± 2,5 pg/mL vs 2,0 ± 3,6 pg/mL, p=0.029) com valores finais inferiores para o grupo VD quando comparado ao grupo placebo. Não foram observadas diferenças significativas nos valores de IL-1β e IL-10 após o período de intervenção, em ambos os grupos (p>0.05). A taxa de adesão foi de 92% para o estudo, sem diferenças entre os grupos de tratamento (VD ou placebo). Conclusão: Em mulheres na pós-menopausa com deficiência de vitamina D, a suplementação diária e isolada de 1.000 UI de vitamina D3 por 10 meses associou-se com redução nos marcadores pró-inflamatórios.