Efeito de suplementação de vitamina D sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schmitt, Eneida Maria Boteon [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235267
Resumo: Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação isolada de vitamina D (VD) sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Foi conduzido ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado envolvendo 160 mulheres com idade entre 50-65 anos e amenorreia ≥ 12 meses. Foram excluídas mulheres com histórico de doença cardiovascular, diabetes insulino dependente, doença renal crônica, doença hepática, doença autoimune, disfunção da paratireoide e usuárias de terapia hormonal da menopausa e de VD. As participantes foram randomizadas em dois grupos: VD, ingestão de colicalciferol 1.000 UI/dia via oral (n=80) ou placebo (n=80). O tempo de intervenção foi de 9 meses, com avaliações nos momentos inicial e final. Para avaliação do perfil de adipocinas foram dosadas adiponectina, resistina, adipsina e PAI-1 (Inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1). Os valores séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foram mensurados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A análise estatística foi per protocol, empregando-se ANOVA e medidas repetidas por meio da Distribuição Gama seguido do teste de comparação múltipla de Wald. Resultados: Os grupos foram similares nos parâmetros iniciais clínicos, bioquímicos e no perfil de adipocinas. A média de idade foi de 58,8 ± 6,6 anos no grupo VD e de 59,3 ± 6,7 anos no grupo placebo, com tempo de menopausa de 12,0 ± 8,8 anos e 12,3 ± 8,4 anos, respectivamente (p>0.05). Após 9 meses, valores médios de 25(OH)D aumentaram de 15,0 ± 7,5 ng/ml para 27,5 ± 10,4 ng/ml (+45,4%) no grupo VD, e diminuíram de 16,9 ± 6,7 ng/ml para 13,8 ± 6,0 ng/ml (-18,5%) no placebo (p<0.001). No grupo VD, na comparação entre momentos, observou-se aumento nos valores médios de adiponectina (18.6%) e redução de resistina (-32.4%) e PAI-1 (-39.3%), (p<0.05). E no grupo placebo houve redução no PAI-1 (-25.5%) (p<0.05). Na comparação entre os grupos no momento final, foi observada diferença significativa entre os grupos placebo e VD nos valores médios de adiponectina e resistina (11.5 ± 5.5 ng/mL vs 18.5 ± 21.8 ng/mL, p=0.047, e 16.5 ± 3.5 ng/mL vs 11.7 ± 3.3 ng/mL, p=0.027, respectivamente). Não foram observadas diferenças entre grupos e entre momentos nos valores de adipsina e PAI-1. Conclusões: A suplementação diária e isolada de 1.000 UI de VD por 9 meses associou-se com aumento no valor de adiponectina e redução da resistina quando comparada ao placebo, sugerindo efeito benéfico sobre o perfil de adipocinas em mulheres na pós-menopausa com deficiência de VD.