Aplicação de extratos da casca do fruto do caraguatá (Bromelia balansae Mez) como antioxidantes em sistema lipídico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fabri Junior, Walter
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243473
Resumo: A Bromelia balansae Mez, popularmente conhecida como caraguatá, é uma espécie de Angiosperma, nativa da Mata Atlântica, que também está presente no Cerrado e em matas ciliares, podendo ser encontrada em blocos rochosos. Dentre as inúmeras utilidades do caraguatá está o tratamento de tosses e feridas, sendo usado na forma de xarope. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade de extrair compostos antioxidantes, em especial compostos fenólicos, da casca do fruto do caraguatá de três localidades - Ribeirão das Antas (ERA), no município de Assis-SP, Tarumã-SP (ET) e no campus da Unesp Assis-SP nos estágios maduro (EUM) e imaturo (EUI) - e avaliar seus potenciais antioxidantes em emulsões O/A. Os parâmetros de extração definidos por otimização foram de 1:30 amostra:solvente (água) por 60 min a 35 ºC em incubadora com agitação orbital. Os melhores resultados de compostos fenólicos totais (53,90 mg EAG.100mL-1), flavonoides (8,93 mg EQ.100mL-1), ácido ascórbico (3,33 mg.100mL-1), carotenoides totais (112 μg.100mL-1) e FRAP (373 mg ET.100mL -1) foram encontrados no EUM, com exceção de taninos que teve maiores teores no EUI (3,13 mg AT.100mL-1). Os teores mais elevados de carboidratos totais foram encontrados no ET (17,11 mg EG.mL-1) e EUM (17 mg EG.mL-1). A partir dos resultados de compostos bioativos e FRAP aplicou-se o extrato obtido de frutos maduros do campus da Unesp Assis-SP em uma emulsão O/A, para avaliar a formação de hidroperóxidos e índice de cremeação durante armazenamento em temperatura ambiente e a 40 °C. Em ambas as temperaturas os tratamentos demonstraram estabilidade física. Não houve cremeação na emulsão tratada com extrato, enquanto no tratamento com antioxidante sintético BHT (Butil Hidroxitolueno) e emulsão controle foi possível observar discreta cremeação. No índice de hidroperóxidos em temperatura ambiente, o controle e tratamento BHT não diferiram estatisticamente no período analisado, enquanto o tratamento com extrato evidenciou vulnerabilidade de tal emulsão, sugerindo que o extrato acelerou a oxidação, possivelmente por questões inerentes a sua interação com o sistema. No teste acelerado em estufa a 40 °C, foi possível concluir que o extrato, nas condições em que foi aplicado, de fato não foi capaz de retardar processos oxidativos na emulsão. Sob efeito de aquecimento, o tratamento com BHT teve seu efeito protetor evidenciado, diferindo significativamente do controle e do tratamento com extrato, ambos iguais estatisticamente.