Análise in vitro da citotoxicidade e produção de mediadores inflamatórios por queratinócitos estimulados por adesivos para prótese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Andressa Rosa Perin [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148987
Resumo: Subprodutos oriundos de adesivos utilizados para retenção e estabilidade de próteses totais podem atuar como irritantes quando em contato com a mucosa. O objetivo deste estudo foi avaliar a citotoxicidade e a produção de mediadores inflamatórios por queratinócitos estimulados por diferentes adesivos para próteses totais. Três adesivos disponíveis comercialmente foram testados. Foram obtidos extratos na concentração de 1% para os adesivos tipo creme, pó e fita. Queratinócitos gengivais humanos (NOK-SI) foram cultivados in vitro e expostos por 3, 6 e 24 horas aos extratos. Após este período, a citotoxicidade dos extratos foi avaliada pelo ensaio metil tetrazólio (MTT) e análise da integridade da membrana (liberação de LDH; Kit CytoTox-One) e pela análise da morfologia celular por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A produção das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α foi realizada por meio do ensaio Elisa. A presença de ácido maleico e formaldeído nos adesivos foi verificada por meio de cromatografia gasosa com detector de ionização de chamas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística realizada ao nível de significância de 5%. Os adesivos tipo creme (71,6% de viabilidade celular, ligeiramente citotóxico, p=0,000) e pó (75,7%, não citotóxico, p=0,002) alteraram significativamente a viabilidade celular quando comparados ao controle negativo no período 6 horas. Não foram observadas diferenças significativas entre os adesivos e o controle negativo (p> 0,05) na análise da integridade da membrana. A morfologia celular dos queratinócitos expostos aos extratos dos adesivos mostraram-se semelhantes ao controle negativo. Maior liberação da citocina IL-6 foi observada para os adesivos tipo creme e pó nos períodos 6 e 24h (p<0,05). No período 3 horas, maior liberação de IL-1ß pôde ser observada para o adesivo fita (p=0,016). Foi detectada, em diferentes níveis, a presença de ácido maleico e formaldeído em todos os adesivos testados. Sendo assim, de acordo com as limitações do presente estudo, é possível concluir que a similaridade entre os resultados de citotoxicidade dos três adesivos avaliados e o controle negativo indicam que esses produtos parecem não apresentar citotoxicidade às células queratinócitos gengivais humanos, apesar de ter sido observado alteração na expressão de citocinas pró-inflamatórias.