Avaliação in vitro da formação de biofilme, efetividade de protocolos de higienização, e força de adesão em espécimes de resina acrílica contendo adesivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fortes, Caroline Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CFU
UFC
XTT
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-01122022-130321/
Resumo: Esse estudo avaliou a formação de biofilme, a efetividade de protocolos de higiene e a força de adesão frente aos adesivos Ultra Corega Creme (A1) e OlivaFix® Gold (A2) para prótese total. Biofilme misto de C. albicans, C. glabrata, S. aureus e S. mutans foi formado sobre a superfície de espécimes circulares em resina acrílica termopolimerizável (12 mm X 3 mm) contendo os adesivos A1 e A2. Para formação de biofilme (n=33), após a semeadura em meios de cultura específicos e 48 horas de incubação foi realizada a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC). Um grupo em resina foi usado como controle (GCr). Em outros espécimes com biofilme foram aplicados os protocolos de higiene associando escovação manual com sabão neutro e imersão em água (G1) ou imersão em Triclosan a 0,15% (G2) ou imersão em hipoclorito de sódio a 0,25% (G3), seguido de semeadura, contagem de UFC (n=78) e avaliação do metabolismo celular (XTT, n=60). Um grupo sem higienização serviu como controle. Para força adesiva foi empregado ensaio de tração de dois espécimes cilíndricos (25mmØ x 35mm, n=15) interpostos por pele de porco e adesivo, imediatamente após a aplicação (T0) e após 5 minutos (T5 min) e 4 horas (T4 h). Os dados foram analisados por Testes Anova (One-way)/Tukey, Modelo linear generalizado com ajuste de Bonferroni, Anova (Two-way)/Tukey e Anova com medidas repetidas/Tukey (&alpha; = 5%). Houve maior contagem de UFC de C. albicans com adesivo A2; GC e A1 foram iguais entre si (p<0,000). Para C. glabrata (p<0,000) e S. mutans (p<0,000), a carga microbiana com A1 e A2 foi semelhante entre si e maior que o controle. A contagem de UFC de S. aureus não foi influenciada pelo adesivo (p=0,287). Os protocolos de higiene reduziram significativamente a carga microbiana se comparado com o controle; houve interação entre os fatores para todos os micro-organismos (C. albicans: p=0,001; C. glabrata: p=0,002; S. aureus: p=0,022 e S. mutans: p=0,012). O protocolo G3 eliminou C. albicans, C. glabrata e S. mutans, independente do adesivo. O protocolo G2 associado ao adesivo A2 reduziu a contagem de UFC destes 3 microorganismos. Contra S. aureus, o protocolo G3 associado ao adesivo A2 foi mais efetivo, seguido do protocolo G2.O metabolismo celular foi dependente dos protocolos de higiene (p=0,000). Com protocolo G3, os micro-organismos não apresentaram metabolismo celular e com G2 e G1 houve diminuição significativa do metabolismo celular em relação ao grupo sem higienização. Para força de adesão houve interação entre adesivo e tempo (p=0,007). Em T0 a força foi maior para o adesivo A1 com aumento após a passagem do tempo; porém, em T5 min e T4 h, a força foi maior para o adesivo A2 com aumento entre T0 e T5 min; entre T5 min e T4 h não houve diferença significante. O uso dos adesivos favoreceu o acúmulo de biofilme e a escovação e imersão em hipoclorito de sódio a 0,25% foi mais efetivo, seguido de escovação e imersão em Triclosan a 0,15%. A força de adesão foi maior e mais estável com o adesivo OlivaFix® Gold.