" 'As cuié', 'os pobrema', 'as arvre'. " Isso é português e é cultura. O que pensam meus alunos a respeito?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Wilton Pereira da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148554
Resumo: Este trabalho pretende enfocar o português falado no Estado de São Paulo, a partir da ótica da variação linguística. Para tanto, propôs-se um Projeto Didático de Gênero a um grupo de cento e doze alunos, moradores de região periférica e regularmente matriculados no oitavo ano do Ensino Fundamental, em unidade escolar pública da rede municipal de São Paulo, no ano de dois mil e quinze. Em cada módulo do projeto em questão, foram trabalhados gêneros textuais direta ou indiretamente relacionados à oralidade. Abordou-se a problemática da variedade rural presente nos poemas de tradição oral de folguedos da cultura popular paulista, mais especificamente do cururu, do fandango caiçara e do samba rural. O referencial teórico, no qual este estudo está embasado, diz respeito aos fenômenos variacionistas e estruturas heterógenas nas comunidades de fala, verificados principalmente em LABOV (2008 [1972]), BAGNO (1997) e BORTONI-RICARDO (2004, 2005, 2011). Nosso objetivo, além da conscientização dos alunos quanto ao repúdio ao preconceito linguístico – uma vez que detectamos na análise das respostas, alguns indícios que chegam a beirar a intolerância linguística – é o de apresentar aspectos importantes dessas manifestações que remontam à época da expansão territorial, e carecem de ser resgatadas, revividas e preservadas.