A origem do R caipira no Português do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hautz, Elizabeth Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19001
Resumo: Esta dissertação objetiva fazer uma abordagem sobre o fenômeno linguístico referente ao R retroflexo, vulgarmente conhecido como R caipira e algumas hipóteses quanto a sua origem. O R caipira ou retroflexo é considerado por muitos a principal marca distintiva do que chamamos de dialeto caipira que, segundo os estudos de Amaral (1920), corresponde à variação linguística presente no interior de São Paulo, notadamente na região do Alto Tietê. Alguns autores, inclusive, apontam que o R caipira seria uma modalidade específica do R retroflexo, exclusiva da variedade linguística encontrada no interior do Brasil e marca distintiva do Português do Brasil. Conforme outros autores como Ribeiro (2016), tal fenômeno se estende por todo sul de Minas e de Mato Grosso, Norte do Paraná e interior de São Paulo Há algumas teorias acerca da origem do R retroflexo no território brasileiro, entretanto, nenhuma das hipóteses encontra-se totalmente comprovada. Considerando que tal objeto de pesquisa está intimamente relacionado às questões de evolução do próprio Português do Brasil, uma releitura do histórico e da evolução da língua portuguesa trazida pelos colonizadores, bem como das línguas que com ela coexistiram durante a formação do Brasil (indígenas e africanas), se faz necessária. Assim, com base não apenas, mas especialmente nos estudos de Faraco (2016), Noll (2008), Naro & Scherre (2007), revisitamos essa evolução e apresentaremos algumas hipóteses existentes, até o momento, que tentam elucidar a origem do R caipira. Trata-se de um fenômeno de significativa relevância que se mantém vivo, contrariando os augúrios que previam sua extinção.