Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Saguate, Artinésio Widnesse [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/86568
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo geral trazer uma reflexão sobre a variação do português em Moçambique. O trabalho busca identificar, de forma específica, - através de um conjunto de recursos lexicais e de construções sintáticas -, motivações linguísticas e extralinguísticas da variação do português escrito por estudantes universitários em Moçambique. O corpus considerado para a análise foi coletado pela Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane - Moçambique, entre 2002 e 2003. Esse corpus comporta 60 textos, constituídos por cerca de 31.000 palavras, e foi produzido por 60 estudantes que frequentavam cursos de ciências da linguagem. Vale mencionar que Moçambique é um país caracterizado por uma situação de multilinguismo. Em função da colonização portuguesa, o País instituiu o português de norma padrão europeia como língua oficial. Apesar de o corpus apresentar diferentes marcas divergentes dessa norma, nossa análise se limita a fenômenos de empréstimos e de neologismos (em nível lexical), e a fenômenos de concordância nominal e de concordância verbal (em nível sintático). Da análise feita, constatou-se a transposição de itens lexicais das línguas bantas para o português, o entrelaçamento entre as regras morfológicas das línguas bantas e as regras morfológicas do português, a apreensão dos universitários com vista a escrever o português de norma culta europeia, a “convivência” entre uma prática linguística que se julga obedecer à norma culta europeia e uma prática linguística que não obedece a essa norma. Essas constatações permitem confirmar as hipóteses de que os textos dos universitários mostram a prática real do português em Moçambique... |