Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Marcos Vinicius Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154089
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Resumo: |
A maioria dos pacientes submetidos a tratamentos de câncer bucal são impossibilitados de receber reabilitação com próteses dentais convencionais. Assim, a confecção de próteses suportadas por implantes dentários osseointegráveis tem sido considerada uma alternativa. Apesar dos elevados índices de sucesso destes tratamentos, pode haver um inconveniente em se reabilitar esses pacientes. Alguns quimioterápicos, como a Cisplatina, apresentam efeitos colaterais como redução na remodelação óssea e/ou alteração na nutrição desse tecido, o que pode interferir com a osseointegração dos implantes. O presente estudo avaliou, em ratos, o efeito da terapia em longo prazo com Cisplatina sobre o processo de reparo e mineralização óssea ao redor de implantes e sobre as propriedades mecânicas do tecido ósseo. Para isso, 43 ratos foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: cisplatina (CIS, n=23), no qual os animais receberam administração intraperitoneal de cisplatina uma vez a cada semana durante 4 semanas, totalizando 4 administrações, e controle (CTL, n=20), no qual os animais receberam administração a cada 1 semana de placebo, durante todo o período experimental. Após 28 dias do início do tratamento, um implante de titânio foi instalado na metáfise tibial, em ambas as pernas. Os animais foram sacrificados 30 e 60 dias após a instalação dos implantes, sendo retirados os fêmures e as tíbias. Os fêmures foram submetidos aos testes mecânicos de força máxima (N), força de ruptura (N), força máxima (mm) e ruptura (mm). As tíbias contendo os implantes foram avaliadas quanto ao torque de remoção, arranjo e distribuição do colágeno, análise histométrica (%BIC e %BAFO) e Microscopia Eletrônica de Varredura com Fonte de Emissão de Campo (MEV/FEG) para determinar a quantidade de Cálcio e proporção Cálcio/Fósforo. Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos às análises descritiva e estatística por ANOVA (a 2 ou 3 critérios) ou MANOVA, seguidos dos testes pós-hoc de Tukey e Games-Howell, respectivamente (α=0,05). Os resultados mostraram que os espécimes dos grupos CTL apresentaram valores significantemente maiores (0,0001≤p≤0,036) dos que aqueles dos grupos CIS nos testes mecânicos de força máxima (N) e força de ruptura (N), bem como no torque de remoção e análise histométrica (%BIC e %BAFO), sendo que os maiores parâmetros obtidos sempre foram no grupo CTL, 60 dias após a instalação dos implantes. Não foram encontradas diferenças significantes (p>0.05) entre os grupos para os valores de força máxima (mm), ruptura (mm), quantidade de Cálcio e proporção Cálcio/Fósforo. Nos grupos CIS, houve uma redução na organização do colágeno na interface osso/implante, resultando em um trabeculado ósseo com finas trabéculas com colágeno birrefringente e arranjo irregular. Com base nestes resultados, foi concluído que, de forma geral, a Cisplatina interferiu negativamente no reparo e na mineralização ao redor de implantes dentários, bem como sobre a qualidade do tecido ósseo, principalmente no período de 30 dias após a instalação dos implantes. |