Violência interpessoal e saúde pública: da legalidade à realidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cecilio, Lenise Patrocinio Pires [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95433
Resumo: Nas últimas décadas a violência ultrapassou as questões sociais e da justiça e passou a ser tratada também como um grave problema de saúde pública. Esforços vêm sendo desenvolvidos no intuito de combater este fenômeno, e conhecer sua complexa epidemiologia é fundamental para promover ações de enfrentamento. Neste contexto realizou-se um trabalho de pesquisa dividido em duas partes. A primeira teve como objetivo resgatar a historicidade das ações de promoção, prevenção e intervenção sobre a violência nas políticas públicas de saúde no Brasil, com ênfase nos aspectos legais e de notificação. Buscou-se através de um estudo exploratório descritivo de caráter histórico apresentar os principais pontos da legislação e os acontecimentos que mobilizaram os diversos setores sociais para o enfrentamento deste fenômeno. A parte subseqüente objetivou descrever as características dos casos de violência interpessoal atendidos em uma Unidade de Urgência e Emergência de referência para sete municípios de pequeno e médio portes do interior paulista e notificados à Vigilância Epidemiológica de Penápolis-SP, a fim de conhecer a face da violência ocorrida fora das capitais e regiões metropolitanas. Foi um estudo epidemiológico descritivo transversal com dados coletados através do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), referentes ao perfil de vítimas e agressores e características da ocorrência, como tipo de violência sofrida, local, dia e horário da prática. Observou-se que muito se avançou nas últimas três décadas no sentido de incluir a violência nos agravos a serem enfrentados pelo setor da saúde, principalmente através do conhecimento de sua epidemiologia. Porém, embora a notificação dos casos seja obrigatória, os sistemas de informação ainda não parecem refletir a realidade, e possuem lacunas a serem preenchidas para retratar com maior fidelidade...