A produção juvenil de Sylvia Orthof: linhas e entrelinhas da metaficção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Carla Francine da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235054
Resumo: Constata-se que hoje já existe um número relevante de publicações sobre a produção de literatura infantil da escritora Sylvia Orthof (1932-1997). São estudos que trazem valiosas contribuições quanto à influência dessa literatura infantil no processo de formação de leitores, principalmente pelo fato de os títulos infantis da autora se destacarem por sua originalidade em relação à tradição da categoria, por sua poeticidade e pelo largo emprego do humor, tudo mesclado a recursos artísticos imbricados a elementos da pintura, da música e do teatro. No entanto, observamos que, em meio a esse consistente cenário de investigações valorizadoras da produção infantil da escritora, sua produção juvenil ainda foi muito pouco estudada e muito menos do ponto de vista da especificidade dessa modalidade de narrativas. Assim este trabalho tem por objetivo central preencher essa lacuna, analisando particularmente, em meio à vasta produção da autora, o corpus de obras que têm circulado no mercado como literatura juvenil. Na tese é apresentada uma breve introdução a respeito da natureza da literatura juvenil, com base nas pesquisas de autores como João Luís Ceccantini (2000) e Maria Madalena M. C. T. da Silva (2012). Segue-se o levantamento do estado da questão sobre a obra de Sylvia Orthof, sendo analisadas 8 resenhas, 13 dissertações, uma tese, 27 capítulos de livros, 24 artigos científicos e 20 ensaios publicados sobre a produção literária da escritora, produzidos por amplo leque de pesquisadores da área. O objeto central da tese é constituído por um corpus de 9 títulos de literatura juvenil publicados por Sylvia Orthof de 1987 a 1997. A análise do corpus vale-se particularmente do conceito de metaficção, difundido por autores como Patricia Waugh em Metafiction: the Theory and Practice of Self-Conscious Fiction (1984); Linda Hutcheon em The Poetics of Postmodernism: History, Theory, Fiction (1988); e Mark Currie em Metafiction (1995). O corpus de nove títulos juvenis da autora foi submetido a uma “grade-modelo” desenvolvida por Ceccantini (2000), buscando-se explorar o caráter metaficcional dessas narrativas, sempre imbricado a outros aspectos temático-formais comuns às obras, tudo confluindo para sublinhar a boa qualidade estética do conjunto da produção juvenil de Sylvia Orthof.