Avaliação funcional descritiva para professores e o ensino-aprendizagem de matemática no ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Esperança, Mariana Fachini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192547
Resumo: O Programa São Paulo Faz Escola implantou nas escolas da rede pública estadual materiais de apoio para as atividades docentes, cujo objetivo é determinar a prioridade de práticas profissionais diretamente voltadas para o planejamento e a execução de condições de ensino e de avaliação das aprendizagens preconizadas. O objetivo desta pesquisa consistiu em ensinar repertórios que definem a execução de Avaliação Funcional Descritiva a professores que ministram conteúdos de Matemática no 6º e no 9º anos do Ensino Fundamental com base em tais materiais, por meio da identificação e derivação de aprendizagens intermediárias aos comportamentos objetivo das habilidades preconizadas nos documentos oficiais e pelo uso de videofeedback dos episódios gravados em sala de aula. Participaram dois professores de diferentes escolas da rede pública estadual de um município do interior do Estado de São Paulo. O procedimento foi dividido em quatro fases consecutivas. Na primeira fase, os professores descreveram as habilidades nas quais os alunos apresentavam dificuldades e identificaram nos materiais de apoio as habilidades correspondentes às dificuldades. Na segunda fase, foi realizada a decomposição comportamental das habilidades em comportamentos intermediários. Na terceira fase, foi realizada a filmagem de uma Situação de Ensino–Aprendizagem ministrada pelos professores sem intervenção no planejamento e na execução por parte da pesquisadora. Após a filmagem, os participantes apontaram os elementos constitutivos das aprendizagens dos alunos priorizadas nas aulas filmadas. Na quarta fase, a participante 1 (P1) foi exposta a uma entrevista sobre os instrumentos de avaliação elaborados por ela considerando dados de vídeo e de discussão obtidos anteriormente. Com a participante 2 (P2), além da exposição à entrevista, ocorreu a filmagem de uma nova aula e as discussões sobre episódios editados de tais registros. A principal dificuldade relatada pelos participantes na Fase 1 foi a leitura e a interpretação de textos com conteúdos de Matemática nos materiais de apoio. Os participantes descreveram repertórios (habilidades precedentes e constituintes) das habilidades explicitadas nos materiais de apoio. O contato com interpretações funcionais dos registros das aulas na Fase 3 mostrou-se insuficiente para o estabelecimento de relatos verbais dos professores sobre possíveis relações funcionais entre as práticas didáticas adotadas e os desempenhos dos alunos. No entanto, sob tais condições foram registrados relatos de P1 vinculando características dos desempenhos dos alunos com as práticas didáticas por ela emitidas, sendo que tais vinculações foram mais consistentes na Fase 4. Com P2, tais vinculações ocorreram somente na Fase 4, nas discussões diante dos registros da segunda filmagem. Os resultados mostram-se pouco suficientes para a promoção de interpretação funcional entre a execução de suas condições didáticas e a produção de medidas comportamentais condizentes com as habilidades preconizadas. Com isso, as pequenas mudanças nos relatos verbais dos participantes, que favoreçam a avaliação funcional descritiva de seus comportamentos com o desempenho dos alunos, salientam o desenvolvimento de condições formativas profissionais fundamentais para o processo de Ensino-Aprendizagem.