Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Marcusso, Gabriel Mendes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/210959
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Resumo: |
A congruência nos padrões de distribuição das espécies tem sido uma das principais ferramentas utilizadas para a classificação das entidades biogeográficas, servindo como fontes de evidência para auxiliar na compreensão nas histórias das biotas assim como gerar subsídios para conservação. As epífitas vasculares são um grupo de plantas que respondem de maneira muito eficaz às alterações ambientais, principalmente climáticas. Alguns estudos têm utilizado essa sinúsia como modelo para classificações biogeográficas, no entanto, diversas lacunas ainda restam. Nesse sentido, tivemos como objetivos explorar os padrões de distribuição das epífitas vasculares em duas escalas: uma continental (Região Neotropical) e uma regional (ao longo de um gradiente altitudinal na região serrana do Espírito Santo, Sudeste do Brasil). Para isso a tese foi dividida em cinco capítulos. No primeiro foi explorado os padrões de distribuição das epífitas vasculares na Região Neotropical com base em levantamentos exclusivos dessa sinúsia até 2017, gerando a compilação de 173 listagens oriundas de 14 países, correspondendo a 14,636 registros identificados, pertencendo a 3,849 espécies. Estes dados permitiram demonstrar alguns padrões mais amplos para localidades com poucos estudos (e.g. Amazônia), no entanto em áreas com mais publicações, como o leste do Brasil, padrões mais refinados foram encontrados, corroborando classificações biogeográficas propostas para a localidade. Ademais, fatores climáticos auxiliaram na explicação desses padrões. O segundo, terceiro e quarto capítulos compreendem os levantamentos baseados em coletas e dados de herbários das epífitas vasculares em três Unidades de Conservação do Espírito Santo, Sudeste do Brasil. Nesses estudos registrou-se uma das maiores riquezas de epífitas vasculares para o Brasil, assim como para a Região Neotropical, corroborando o destacado papel que o estado possui para a diversidade da Floresta Atlântica. Além disso, sete novos registros para o Espírito Santo foram feitos, demonstrando que a diversidade do estado ainda se encontra subestimada. Por fim, o quinto capítulo compara a diversidade das epífitas vasculares nas três áreas estudadas nos capítulos anteriores (2, 3 e 4), abordando a riqueza, composição, diversidade beta e distinção taxonômica ao longo do gradiente. Esta comparação demonstrou que a localidade situada em altitudes intermediárias possui a maior riqueza de espécies, no entanto, a diversidade filogenética é alta em todas as altitudes. Além disso, demonstrou a importância das áreas em elevadas altitudes para a contribuição na substituição de espécies, destacando sobretudo a importância da conservação dessas áreas. Tais resultados são consequência do histórico biogeográfico da região, sobretudo as oscilações climáticas do Pleistoceno, e mantidos pela distribuição das condições climáticas atuais. |