Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Audi, Mauro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/147080
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Resumo: |
Alunos com paralisia cerebral inseridos no ensino regular têm experimentado com maior frequência o uso do computador como meio para auxiliar nas atividades de acadêmicos, tanto em sala de aula como em casa, para interação social e diversão. Diversos recursos de tecnologia assistiva, como programas e adaptações, têm contribuído para o acesso desses alunos ao computador. Em virtude da alteração motora que esses alunos apresentam, pode ser que o layout e a disposição das informações na tela do computador interfiram no desempenho durante a execução de atividades. Diante disso, surge a lacuna para saber como se comporta o rastreamento visual destes alunos em relação as imagens expostas na tela do computador. O objetivo do estudo foi analisar e mensurar a intensidade e o direcionamento visual de alunos com paralisia cerebral expostos a imagens dispostas na tela do computador em locais e com tamanhos diferentes. O desenho da pesquisa foi quase experimental, devido à heterogeneidade e não randimização da amostra. Sobre as considerações éticas, o trabalho foi submetido e aprovado pelo comitê de ética da Universidade Estadual Paulista, campus de Marília. Participaram 17 alunos de ambos os gêneros, com idade entre 6 e 12 anos, cujos responsáveis assinaram um termo de consentimento e, dos que tinham acima de 9 anos, o termo de assentimento. A pesquisa foi desenvolvida no laboratório de análise de desempenho motor da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP. O equipamento utilizado foi o Tobbi Studio, que realizou a captura do rastreamento visual e sua análise descritiva. Foi criado um aplicativo chamado Dr. Fruta composto por imagens em dois tamanhos diferentes que aleatoriamente eram expostas em todas as partes da tela do computador, dividida, imaginariamente, em quadrantes. Foram realizados dois estudos pilotos para ajustes do tempo de exposição das imagens e da disposição do jogo. Como procedimento inicial, cada participante foi orientado sobre a tarefa, e, após posicionado sentado em postura ergonômica, foi realizada a calibração do sistema, que garantiu o olhar para todos as partes da tela. O procedimento de análise estatística foi elaborado a partir da geração de dados do programa Tobii Studio Statistics que forneceu uma tabulação descritiva de médias de tempo e pontuação alcançadas em cada área de interesse, foram selecionados os dados referentes as médias de tempo da primeira fixação, de antes da fixação, de duração total da fixação, de contagem de fixação, e, por fim, de tempo de duração de visita que foram exportados para o software GraphPad V4. Quanto à análise estatística das medidas comparativas entre as medianas dos quadrantes dispostos nas colunas, após o teste de normalidade foi indicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido do teste de comparação múltipla de Dunn e o teste não paramétrico de Fisher para evidenciar as diferenças das medianas das colunas. Para todos os testes foi fixado o nível de significância de 5% ou utilizado o p-valor correspondente. O resultado foi significante quando comparado a visualização dos quadrantes superiores e inferiores em relação aos medianos e centro inferiores da tela; não foi encontrada significância para os resultados da comparação entre os quadrantes superiores e inferiores, dos lados direito e esquerdo, do tamanho das imagens expostas e do grau de comprometimento motor. Conclui-se que todos participantes tiveram melhor desempenho no foco viso ocular ao fixarem o olhar nas imagens expostas nos quadrantes laterais superiores e inferiores da tela, e um pior desempenho ao fixarem o olhar nas imagens expostas nos quadrantes dispostos no centro da tela, principalmente no centro inferior. Não houve diferença significativa em relação ao comprometimento motor comparados a GMFCS e MACS com os quadrantes visualizados, nem para os tamanhos das imagens. |