A concepção de arte em Lima Barreto e Leon Tolstói: divergências e convergências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Freire, Zélia Ramona Nolasco dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94029
Resumo: A presente tese tem por objetivo avaliar a concepção de arte dos escritores Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) e Leon Tolstói (1828-1910) sob um viés comparatista, em busca das divergências e convergências entre ambos. Concepção de arte que apresentam nas respectivas obras, “O destino da literatura” e O que é Arte?. Os escritores desempenharam o papel de “semeador de idéias” e de “batedor do futuro” ao se posicionarem contrários aos “mandarins literários”. Uma arte voltada para o social, aliás, uma literatura militante. Lima Barreto criou uma arte literária que rompeu com os moldes convencionais na virada do século XIX, que tinha como principais representantes: Machado de Assis, Rui Barbosa, Coelho Neto, entre outros; enquanto Leon Tolstói rompeu com a poética romântica e o realismo francês. Ambos foram, terminantemente, contrários à estética da arte pela arte. A referência aos escritores russos é constante na obra barretiana, até porque Lima Barreto jamais omitiu suas leituras. Desde o romance Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, o primeiro a ser escrito por Lima, é possível detectar a presença de Leon Tolstói. Presença essa que permeia todo o projeto literário de Lima Barreto e que se faz sentir através da posição que ambos assumem em relação a temas em comum, tais como: a Propriedade, a Igreja, o Estado, a educação da mulher, o serviço militar obrigatório, entre outros. Revelando assim, um eixo em comum: o ideário anarquista. Mas, principalmente, por refletirem sobre a função da literatura e o fazer literário.