Estudo do potencial citotóxico e genotóxico do geraniol em células mononucleares do sangue periférico e de hepatocarcinoma humano HepG2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Queiroz, Thaís Bernardes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MTT
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150336
Resumo: Os monoterpenos são compostos terpênicos não-nutritivos, conhecidos por possuírem atividade protetora contra doenças. São produzidos pelas plantas como metabólitos secundários, sendo os compostos de maior frequência nos óleos essenciais. Presente no óleo essencial de diversas plantas aromáticas, o geraniol – monoterpeno alcoólico acíclico – é uma das moléculas mais comumente utilizadas pelas indústrias de sabor e fragrância. Além disso, inúmeras pesquisas o apontam como um composto promissor contra o câncer, o que torna imprescindível avaliar os riscos genéticos de seu uso frequente pela população. Diante do exposto, o presente estudo objetivou avaliar o potencial citotóxico, genotóxico e mutagênico do geraniol em células mononucleares do sangue periférico humano (células não-metabolizadoras) e em células de hepatocarcinoma humano HepG2 (células metabolizadoras), através, respectivamente, do teste do MTT, do ensaio cometa, e do teste do micronúcleo com bloqueio da citocinese. Para as células mononucleares, 4 concentrações (100, 50, 25 e 10 µg/mL) obtiveram viabilidade ≥ 80% nos ensaios de citotoxicidade, enquanto que para HepG2 foram 3 concentrações (5, 2,5 e 1,25 µg/mL), as quais foram empregadas nos testes. Para verificação de quebras em cadeia simples e duplas do DNA, foi realizado o ensaio do cometa alcalino, expondo os dois tipos celulares aos tratamentos com as concentrações de geraniol por um período de 4 horas, em triplicata, e 100 cometas por lâmina/concentração foram contados visualmente, classificando-os em: dano 0, 1, 2 ou 3, de acordo com a extensão da cauda. Já para o teste do MN, os linfócitos foram tratados por 28 horas – em duplicata –, enquanto que 24 horas de tratamentos foram empregadas para as células HepG2 – em triplicata. 1000 células binucleadas foram analisadas por lâmina/concentração, verificando a presença de micronúcleos, pontes nucleoplasmáticas e brotos nucleares. Os resultados obtidos apontaram que o geraniol, sem e após sua metabolização por enzimas hepáticas, não apresentou efeito genotóxico nas concentrações estudadas para ambos os tipos celulares. No entanto, foi constatada uma significativa redução, de maneira dose-dependente, na viabilidade de células HepG2 após exposição ao geraniol, reforçando os dados já existentes na literatura quanto à sua potente ação contra células tumorais.