Luz e escuridão na Terra Média: as metáforas conceptuais que regem "O Senhor dos Anéis"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maria, Mariana Moreira Nunes Santa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213607
Resumo: Ao analisar metáforas em uma obra literária, senso comum é de que o autor tenha feito um dispendioso exercício de maestria literária na construção de ornamentos feitos de palavras. Nessa perspectiva, o trabalho com metáforas ainda é visto por muitos como algo exclusivo dos campos da Retórica e da Estilística. No entanto, a Linguística Cognitiva (LC), a partir da obra pioneira Metaphors we live by (1980) de Lakoff e Johnson, vem demonstrando que, ao contrário dos estudos anteriores, a metáfora não ocupa somente o posto de ornamento: ela é pervasiva na vida cotidiana (LAKOFF & JOHNSON, 1980). As metáforas de uso cotidiano foram denominadas por esses autores de metáforas conceptuais. Nesse contexto, o objetivo precípuo deste trabalho é caracterizar o uso de metáforas dentro do aclamado universo de J. R. R Tolkien a partir de sua obra mais famosa: O Senhor dos Anéis. A partir de uma coleta inicial de corpus, pude identificar a recorrência das metáforas MALDADE É ESCURIDÃO e BONDADE É LUZ. Analisamos, portanto, a obra e descrevemos as instâncias de metáfora de LUZ e ESCURIDÃO e caracterizamos seu impacto na construção da expressividade da narrativa e no estabelecimento da dicotomia Bem x Mal.