Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Jim, Alessandra Stefanini [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138077
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma desordem com alta incidência na população, associada a risco elevado de doença cardiovascular. O tratamento ouro é a pressão positiva contínua nas vias aéreas, proporcionada pelo uso do Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). A SAOS está associada a produção de resposta inflamatória no indivíduo assim como ao aumento do estresse oxidativo provocado pelos fenômenos hipóxia/reoxigenação. O tratamento com CPAP normaliza os eventos respiratórios e a estrutura do sono, porém existem muitos estudos controversos em relação ao tratamento com o CPAP e a redução dos marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. Também não há consenso quanto ao tempo mínimo de uso de CPAP para observar uma resposta à repercussão nociva da SAOS. Objetivo: Avaliar os níveis séricos de citocinas pró e anti-inflamatórias e de marcadores de estresse oxidativo em pacientes com SAOS tratados com CPAP pelo período de sete dias. Pacientes e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado duplo-cego, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa local (CAAE: 20839713.3.0000.5411). Foram convidados a participar do estudo 60 pacientes adultos (acima de 18 anos), de ambos os gêneros, com diagnóstico polissonográfico de SAOS, atendidos no Ambulatório de Ventilação Domiciliar, da Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp. Os grupos foram constituídos por seleção aleatória da amostra, a qual viabilizou a distribuição dos sujeitos em dois grupos, sendo o Grupo I constituído por pacientes em uso do CPAP na pressão mínima de 4 cmH2O (n=30) e o Grupo II por pacientes em uso do CPAP na pressão terapêutica ideal (n=30). Todos os pacientes receberam o aparelho de CPAP, com visor vedado, e fizeram uso de uma semana. Foram coletados 20mL de sangue por punção venosa, antes e após o tratamento. A dosagem das citocinas interleucina-6 (IL-6), interleucina-10 (IL-10) e fator de necrose tumoral-α (TNF- α) foi realizada por Ensaio Imunoenzimático (ELISA), além da dosagem de Capacidade Antioxidante Hidrofílica (CAH) e Malonildialdeído (MDA) por técnicas fluorométricas e cromatográficas, respectivamente. Os pacientes foram avaliados antes da intervenção (uso do CPAP), sendo apresentada média e desvio padrão para gênero, idade, IMC, IAH, IL-6, IL-10, TNF-α, CAH e MDA, e correlação dos níveis de todos os marcadores com IMC e IAH pelo teste de correlação de Pearson. Foi também realizada a avaliação nos dois grupos antes e após a intervenção (uso do CPAP), sendo apresentada média e desvio padrão para gênero, idade, IMC, IAH, IL-6, IL-10, TNF-α, CAH e MDA, com verificação da homogeneidade entre os grupos, utilizando o teste t-student para gênero, idade, IMC e IAH, e modelo linear generalizado com distribuição gamma para IL-6, IL-10, TNF-α, CAH e MDA. Os resultados dos níveis de IL-6, IL-10, TNF-α, CAH e MDA foram comparados entre os dois grupos, antes e após o uso do CPAP, pelo modelo linear generalizado com distribuição gamma. Resultados: A avaliação antes do uso do CPAP teve a participação de 53 pacientes (32 homens) com idade média de 52,62±12,70, IMC de 32,78±5,37, IAH de 33,41±18,71, IL-6 de 8,86±26,97, IL-10 de 12,01±42,04, TNF-α de 76,28±169,29, CAH de 30,99±10,17 e MDA de 1,03±0,35. Não foi encontrada correlação entre os marcadores dosados com IMC e IAH, antes da intervenção (uso do CPAP), sendo observada uma tendência de correlação entre os níveis de CAH e gravidade de SAOS (p=0,0690). A análise nos dois grupos, antes e após o uso do CPAP, teve a participação de 38 pacientes (24 homens), e mostrou homogeneidade entre os dois grupos para gênero, idade, IMC, IAH, IL-6, IL-10, TNF-α, CAH e MDA. Quando comparados os dois grupos, tanto antes quanto após o uso do CPAP, não foi observada nenhuma diferença significativa para IL-6, IL-10, TNF-α e MDA. Foi observado aumento significativo de CAH após o uso do CPAP na pressão mínima de 4cmH2O e tendência ao aumento de CAH em pacientes com uso de CPAP terapêutico. Conclusão: O perfil inflamatório e o nível de estresse oxidativo não sofreram variação com o uso do CPAP pelo período de uma semana, contudo foi observada tendência de correlação de CAH com a gravidade de SAOS antes do uso de CPAP, aumento significativo de CAH após o uso do CPAP na pressão mínima de 4cmH2O e tendência ao aumento de CAH em pacientes com uso de CPAP terapêutico. |